O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia assegurou hoje, na Assembleia Legislativa, na Horta, que a demolição de parte do morro que separava duas áreas de areia na zona balnear da Praia da Areia, na ilha do Corvo, contribuiu para a sua requalificação.
Gui Menezes afirmou que a obra, solicitada pela autarquia, foi realizada “de forma integrada, para proteger a falésia”, através da redução do risco de desprendimento de materiais.
O Secretário Regional, que falava durante uma sessão de perguntas ao Governo com resposta oral, assegurou que “não foi uma intervenção agressiva”, salientando que “a obra foi autorizada porque, tecnicamente, se considerou que era vantajoso” para os utilizadores daquela zona balnear, “que ganharam facilidade de acesso entre as duas zonas de areal”.
Questionado sobre a existência de pedras naquela praia atualmente, Gui Menezes lembrou que “nas últimas semanas tem havido intempéries” e referiu que a intervenção realizada foi “minimalista”, não sendo, por isso, “responsável pela acumulação de pedras no areal”.
O Secretário Regional, também questionado sobre as obras de proteção costeira a decorrer no arquipélago, afirmou que o Executivo investiu, “nos últimos anos, 13 milhões de euros em 22 intervenções em todas as ilhas”.
“Estão previstas mais intervenções e mais projetos em zonas críticas”, disse, lembrando que a ocorrência de intempéries pode levar à alteração de prioridades na planificação das obras costeiras a realizar.
“Em primeiro lugar está a proteção das pessoas e bens”, frisou, recordando que está previsto para este ano um investimento de 5,7 milhões de euros na gestão e requalificação da orla costeira do arquipélago.
Nesse sentido, lembrou que a Direção Regional dos Assuntos do Mar tem prevista, no seu plano para este ano, uma verba de 211 mil euros para responder a necessidades de intervenção imprevisíveis decorrentes de intempéries e de outras situações extraordinárias nas zonas costeiras do arquipélago.
“Em muitas destas situações, são as autarquias que têm a responsabilidade de efetuar as obras, mas considerando a dimensão das intervenções e a falta de capacidade [financeira] dos municípios, o Governo dos Açores assume essa responsabilidade”, referiu o Secretário Regional.
O governante adiantou ainda, no que respeita à monitorização das águas balneares, que, no ano passado, foram efetuadas 400 análises de águas balneares identificadas e 173 análises de águas balneares não identificadas.
“Para este ano estão propostas 122 águas balneares, estando previstas 634 análises à qualidade das águas destas zonas balneares”, disse.
O Secretário Regional referiu ainda que os Açores têm neste momento 45 Bandeiras Azuis, sendo que este galardão foi atribuído a 39 zonas costeiras, a cinco marinas e a uma embarcação ecoturística.
Gui Menezes afirmou a Direção Regional dos Assuntos do Mar tem apoiado a realização de cursos de nadadores-salvadores na Região, promovidos pela Associação de Nadadores-Salvadores dos Açores, através da comparticipação das inscrições, no sentido de colmatar “alguns problemas de recrutamento”.
Nos últimos anos, foram realizados 16 cursos, estando previstos para este ano quatro cursos, nas ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Santa Maria.