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Há camélias em flor no Palácio da Bolsa

Sob o tema “Porto Histórico”, abriu hoje a 22.ª ediçãoda Exposição de Camélias, iniciativa organizada pela Câmara do Porto e pelaAssociação Portuguesa das Camélias, que encerra este domingo, no Palácio daBolsa. Presidente da Câmara do Porto e Ministro do Ambiente entregaram osprémios aos vencedores do concurso que distingue as melhores camélias emexposição.

Organizada pela primeira vez em 1984, no Mercado FerreiraBorges, a Exposição de Camélias do Porto é já um evento obrigatório e de longatradição na cidade no início do mês de março, altura em que os jardins do Portose enchem de camélias, anunciado a chegada da primavera.

Embora de origem asiática, há muito que o Porto adotou estaflor como sua, preservando a sua história e renovando a cada ano a sua íntimaligação à camélia, já por tantas vezes apelida de rainha das flores.

A curiosidade, o entusiasmo e o empenho que privados,colecionadores, produtores ou simples admiradores dedicam a esta cultivar aolongo de todo o ano tem o seu ponto na exposição e no concurso que a Câmara doPorto, juntamente com a Associação Portuguesa de Camélias, organizam anualmente,com um sucesso crescente e uma adesão que supera recordes a cada edição.

Basta recordar que, no ano passado, quase 15 mil pessoasvisitaram a última exposição realizada na Casa de Serralves. Este ano, e pelaamostra do primeiro dia, a XXII Exposição de Camélias do Porto poderá mesmo vira bater este número no final do dia de amanhã.

Tendo este ano por palco o belíssimo Palácio da Bolsa, empleno Centro Histórico da cidade, o tema da exposição deste ano não poderia sermais apropriado: “Porto Histórico. Cidade das Camélias”.

Como sublinhou o Presidente da Câmara do Porto, “Portohistórico e camélias são dois temas particularmente gratos aos portuenses, quenão abdicam da preservação da sua história e que têm, com esta maravilhosaflor, uma relação que, de tão íntima, chega a ser estranha aos olhos dosforasteiros”.

Trata-se de uma relação tão próxima e enternecedora que faz”já parte do nosso ADN”, sustentou Rui Moreira, garantindo que”uma cidade viva e capaz de preservar a sua história não é uma cidadeparada, como hoje alguns parecem querer preconizar”.

“Uma cidade e as suas tradições preservam-se comprogresso. Uma cidade que não seja confortável e interessante, moderna,desenvolvida e cosmopolita, definha com uma flor que não seja regada”, alertouo autarca.

É, por isso, explica, que “a preservação de uma flor -ou de uma cidade – é uma tarefa dinâmica, feita de pessoas, de novas pessoas,de novas flores”.

Alertando para o perigo de se poder travar este caminho,ressuscitando Velhos do Restelo, o presidente da Câmara do Porto apontou oexemplo do Ministro do Ambiente, que presidiu a cerimónia de inauguração, comoo inverso do mobilismo e da resignação.

“É um imenso prazer estar de volta a uma cidade tãovibrante como o Porto. Uma cidade que hoje não é só conhecida pelos seusmonumentos e pelo seu património, mas que é também hoje reconhecida pelas suasdinâmicas ambientais”, afirmou João Matos Fernandes, elogiando a ambiçãoda autarquia em tornar-se numa cidade cada vez mais sustentável.

O Ministro do Ambiente e o autarca do Porto entregaram,depois, os prémios aos vencedores das três categorias a concurso nesta XXIIExposição de Camélias do Porto.

O prémio para a “Melhor Camélia de OrigemPortuguesa” foi este ano para a Quinta Vilar D’Allen (Porto), enquanto oprémio para “Melhor Camélia” foi atribuído à Casa do Souto (Fafe).Finalmente, para o “O Melhor Arranjo Floral com Camélia” o júri doconcurso premiou o japonês Tatsuya Kanda.

Paralelamente à exposição, que se prolongará até às 19 horasdeste domingo, decorre também no interior do Palácio um Mercado de Camélias eum teatro de sombra japonesas. No exterior, foi também hoje inaugurada umainstalação artística alusiva à flor do inverno, que estará patente até 11 demarço na Praça do Infante, assim como a Mostra de Trabalhos Escolares que, esteano, se distribuirá pelos clássicos candeeiros das ruas das Flores e de SousaViterbo, pelo Largo de S. Domingos e também pela Praça do Infante.

Este sábado à noite, o programa deste primeiro dia terminacom um concerto sinfónico na Casa da Música, com início às 21,30 horas.

A Semana das Camélias vai prolongar-se até 11 de março, comperto de uma centena de iniciativas distribuídas por vários locais da cidade.Veja aqui o programa completo.

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