O Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas afirmou, em Ponta Delgada, que todos os Açorianos são “unidos por uma identidade e um amor a uma região”, independentemente do local onde nasceram e onde vivem.

Rui Bettencourt, que falava terça-feira nas comemorações do Dia Internacional dos Migrantes, frisou que isto implica “quer aqueles que escolheram os Açores, quer aqueles que aqui nasceram e vivem cá, quer aqueles que não nasceram aqui e vivem longe”, salientando que neste dia se trata de comemorar emigrantes e imigrantes.

“Evidentemente que vocês dão-nos o exemplo, trabalhando aqui nos Açores e implicando-se no projeto açoriano”, afirmou o governante, dirigindo-se aos imigrantes presentes e residentes nos Açores, “que nasceram fora e vieram para os Açores”, que “escolheram” os Açores para viver e “que estão connosco, trabalham e criam aqui riqueza, que estão connosco todos os dias a construir os Açores”, agradecendo-lhes por isso.

Por outro lado, o titular da pasta das Relações Externas também saudou os Açorianos “que também não nasceram cá e que vivem fora dos Açores”, que são alguns milhões mas que são trinetos, bisnetos e filhos, alguns de sétima geração, e que vivem nos EUA, no Canadá, na Bermuda ou no Brasil.

“Temos cada vez mais que pensar numa maneira de poder implicar todos os Açorianos que há no mundo, que são milhões, neste projeto açoriano”, disse ainda Rui Bettencourt, salientando que isso poderá ser feito “ora no projeto cultural, ora no projeto económico, ora de desenvolvimento ambiental e de turismo”, sobretudo nas questões culturais que é aquilo que mais os une, mas onde há “muito a fazer e muito entusiasmo para isso”.

O Secretário Regional realçou que a dinâmica e o entusiasmo que este “Povo único” tem pelos Açores faz com que a diáspora seja “fabulosa”, mobilizando milhões de Açorianos que se encontram espalhados pelo mundo.

O programa comemorativo do Dia Internacional dos Migrantes, promovido pelo Governo dos Açores, através da Direção Regional das Comunidades, em parceria com a AIPA e a CRESAÇOR, inclui a conferência ‘270 Anos de Presença Açoriana em Santa Catarina’, proferida por Sérgio Luiz Ferreira, natural de Santa Catarina e descendente de açorianos da ilha de São Jorge, que fez um retrospetiva histórica dos Açorianos das várias ilhas que foram para este Estado brasileiro, abordando o legado que ali existe em termos de tradições e cultura e as suas semelhanças com o arquipélago.

As comemorações, que tiveram como objetivo dinamizar e divulgar a diversidade cultural existente no arquipélago, contaram ainda com um espetáculo musical com os artistas Rafael Carvalho, Pingo Grapiuna e Jaime Goth, estes últimos imigrantes do Brasil e de Cabo Verde a residir nos Açores, e ainda um momento de convívio intercultural.