Os dois arguidos, responsáveis de uma agência de viagens do Funchal, vão continuar a ser ouvidos amanhã, sexta-feira, em primeiro interrogatório judicial, confirmou ao DIÁRIO o juiz-presidente da Comarca da Madeira, Paulo Barreto.
Os indivíduos, suspeitos de receber indevidamente reembolsos de viagens ao abrigo do subsídio social de mobilidade aérea na Madeira, mantêm-se sob detenção e amanhã deverão ser conhecidas as medidas de coacção que lhes serão aplicadas.
Ambos deram entrada no Palácio da Justiça, no início da tarde desta quinta-feira, para serem ouvidos em primeiro interrogatório judicial. A sessão foi interrompida no final do dia de hoje e vai prosseguir amanhã, sexta-feira.
Os arguidos, ontem detidos pelo Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária do Funchal, vão assim voltar aos quartos de detenção do Estabelecimento Prisional do Funchal, na Cancela.
Recorde-se que os dois estão indiciados pela prática de crimes como burla qualificada, falsificação de documentos, fraude fiscal e branqueamento de capitais, de acordo com o comunicado ontem emitido pela PJ.
Conforme o DIÁRIO noticiou na edição de hoje, os inspectores da PJ estiveram a realizar buscas na agência de viagens Madeira Fly Travel, no centro comercial Europa, no centro do Funchal, no âmbito de investigações sob a tutela do DIAP acerca de falsificação de documentos e facturação fictícia.
Os dois homens, de 28 e 46 anos, são suspeitos de terem conseguido receber indevidamente reembolsos de viagens, ao abrigo do subsídio social de mobilidade em vigor na Região Autónoma da Madeira, lesando dessa forma o erário público, em valores que ascendem, por ora, a “várias centenas de milhares de euros”.
Além destes outros detidos, a PJ identificou outros três indivíduos que foram constituídos arguidos, por envolvimento neste esquema.