O Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte anunciou hoje que vai ser desenvolvido um plano de desenvolvimento da fruticultura nos Açores, com o objetivo de incentivar os produtores a aumentarem as áreas de cultivo e reduzir as importações de frutas.
“Estamos a iniciar um trabalho interno tendo em vista à implementação de um plano de desenvolvimento da fruticultura na Região, que será promovido em parceira com os produtores e associações representativas do setor”, afirmou João Ponte, acrescentando que se pretende dar “um instrumento de médio e longo prazo que aponte caminhos e conduza ao aumento das produções”.
O governante, que participou hoje, na ilha de São Miguel, no evento “Pick your own” na Quinta Pôr do Sol, localizada da freguesia da Candelária e dedicada à produção de morangos, referiu que este plano permitirá, ainda, auxiliar o Governo Regional a fazer alterações e aperfeiçoamentos ao nível das medidas de apoio, nomeadamente no âmbito do POSEI, como já ocorreu este ano, para que o setor da fruticultura possa crescer ainda mais.
“Nós ainda importamos muita fruta, mas os Açores têm capacidade para produzir determinadas espécies de fruta”, disse João Ponte, apontando o caso do ananás, banana, meloa, entre outros, até porque quer do ponto de vista do clima, quer de qualidade dos terrenos, existem condições que permitem obter excelentes produções.
Também na área da horticultura, o governante recordou que está já a ser desenvolvido um estudo para determinar quais são os hortícolas importados e de que modo podem ser substituídas estas importações por produções locais.
No que diz respeito à diversificação agrícola, o Secretário Regional da Agricultura e Florestas disse que entre 2016/2017 houve um crescimento da área de produção superior a 30% e se atendermos apenas ao setor da fruta, nos últimos dois anos, o crescimento foi de 13%.
“Quer os agricultores a tempo inteiro, quer os agricultores com outras atividades têm apostado na diversificação agrícola. A evolução é muito positiva nos últimos anos”, afirmou João Ponte, salientando que o trabalho feito pelo proprietário da Quinta Pôr do Sol é um “bom exemplo”.
A Quinta Pôr do Sol iniciou há sete anos atrás a produção de morangos, com 500 pés, tendo hoje 30 mil e, atualmente, consegue abastecer o mercado local, sendo que a fruta produzida destaca-se pela “qualidade, sabor e frescura”.
“Esta é uma grande vantagem competitiva”, sustentou o governante, acrescentando que mesmo que os morangos possam ser mais caros do que os importados são mais apreciados pelos residentes e turistas.
João Ponte precisou que em 2017 a produção de morangos nos Açores, apoiada no âmbito do POSEI, atingiu os 2,2 hectares, mas em 2016 foi inferior 1 hectare.
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