O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje que a visita do Comissário Europeu da Agricultura, Phill Hogan, aos Açores, em junho, é uma excelente oportunidade para mostrar a boa aplicação dos fundos comunitários, mas também para chamar a atenção para o que ainda falta fazer e mostrar as especificidades do arquipélago enquanto Região Ultraperiférica.
“A vinda do Comissário aos Açores é uma boa oportunidade para mostramos a boa aplicação dos fundos e o salto qualitativo dado no setor, mas, sobretudo, evidenciar que somos uma Região Ultraperiférica, que temos um conjunto de sobrecustos em todas as produções e que isso tem de ser compensado”, frisou João Ponte, acrescentando que ainda há um longo caminho a percorrer no que se refere à modernização e à inovação e, como tal, são necessários apoios comunitários.
O Secretário Regional visitou hoje vários caminhos agrícolas e rurais na zona central da ilha de São Miguel, acompanhado pelo presidente da Associação Agrícola, Jorge Rita, pelo presidente da IROA, Ricardo Silva, e pela Diretora Regional dos Recursos Florestais, Anabela Isidoro, para avaliar um conjunto de intervenções necessárias ao nível da manutenção de caminhos e de novos investimentos.
João Ponte salientou que, quando o Governo dos Açores exige e defende que no próximo Quadro Comunitário de Apoio haja mais fundos, é com o intuito de dar continuidade ao trabalho que ainda falta fazer para modernizar o setor e, sobretudo, dar melhores condições aos agricultores para que possam reduzir custos de produção e aumentar os rendimentos dos agricultores.
“Aquilo que queremos fazer até ao fim desta legislatura, que também coincide com o fim do atual quadro comunitário, é esgotar todas as verbas que temos destinadas para este fim, para que o setor agrícola continue a dar um salto qualitativo”, afirmou, acrescentando que, desde 2014, já foram investidos 30 milhões de euros.
Para João Ponte, foi feito um investimento “muito significativo” ao nível da eletrificação e do abastecimento de água às explorações na ilha de São Miguel, reconhecendo que, ao nível das infraestruturas, é necessário mais, daí que o próximo Quadro Comunitário de Apoio tenha de proporcionar as verbas adequadas para este objetivo.