O Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte defendeu hoje que a sustentabilidade do Queijo de São Jorge, considerado a “joia da coroa” da economia da ilha de São Jorge, implica que todos os parceiros do setor trabalhem em conjunto.
“Hoje renovamos o compromisso, que queremos que seja duradouro e que nos deve envolver a todos, que é o de trabalharmos em conjunto pelo desenvolvimento agricultura e pela sustentabilidade do Queijo de São Jorge”, afirmou João Ponte, na cerimónia de entronização como Confrade Honorário, da Confraria do Queijo de São Jorge, que decorreu no Auditório Municipal das Velas.
O governante frisou que esta “será sempre uma tarefa inacabada e exigirá sempre uma ação concertada de todos, para uma maior afirmação do Queijo de São Jorge, como um produto de qualidade única”.
No último ano o conjunto da receita proveniente da produção de leite, das vendas de queijo pelas cooperativas e das ajudas do POSEI e PRORURAL+ na ilha de São Jorge foi superior a 30 milhões de euros.
“Estes valores demonstram bem a importância da agricultura para São Jorge e implica-nos a todos, para trabalharmos de forma a garantirmos a sustentabilidade desta atividade para as próximas gerações”, considerou João Ponte.
No caso particular do queijo de São Jorge, o Secretário Regional da Agricultura e Florestas referiu que é necessário reforçar a aposta na comercialização e na promoção, para “alargar mercados em segmentos que valorizem verdadeiramente este produto”.
“Não tenho dúvidas que existe esta ambição, meios e competências para atingir esse objetivo”, salientou João Ponte, acrescentando que já foram aprovadas candidaturas da UNIQUEIJO tanto para uma campanha promocional de âmbito nacional como para cofinanciar custos com a cura prolongada e armazenagem de queijo certificado de São Jorge.
Neste domínio e no âmbito da proposta do POSEI para 2019, João Ponte anunciou que o Governo Regional vai propor uma alteração às atuais regras da Ajuda à Armazenagem Privada de Queijos “Ilha” e “São Jorge”, privilegiando o Queijo São Jorge DOP e de cura prolongada.
O governante alertou, ainda, para a importância de os agricultores terem consciência que são “uma parte essencial” no garante da sustentabilidade da produção de queijo de São Jorge, argumentando que “não existem razões objetivas para trocar a produção de leite pela de carne”, como aconteceu no último ano com algumas explorações.
“Esta inversão não é desejável”, assumiu João Ponte, até porque “no contexto regional São Jorge é das ilhas que melhor paga o leite ao produtor, cujo valor manteve-se sem grandes oscilações nos últimos 3 anos, garantindo assim um rendimento garantido e mensal aos agricultores”.
Por outro lado, há uma grande apetência natural e excelentes condições para a produção de leite em São Jorge.
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