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João Ponte defende que o foco da indústria de laticínios deve estar centrado na inovação e nos mercados

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas alertou que a aplicação de multas na ilha Terceira pelo excesso de produção de leite é um problema sério para os produtores e representa uma dupla penalização.

 

Para João Ponte, o facto do preço do leite pago ao produtor na Terceira ser dos mais baixos da Região já representa, por si só, uma forte penalização no rendimento das explorações, pelo que aplicar mais este tipo de multa é um fator acrescido de dificuldade em muitas explorações que se modernizaram e melhoraram a sua eficiência.

 

O Secretário Regional defendeu que o foco das indústrias deve estar centrado na inovação e na procura de novos mercados, por forma a valorizar a produção e poderem pagar melhor aos produtores de leite, e não em penalizar quem ultrapassa os limites de produção.

 

O governante adiantou que já teve oportunidade de se reunir e transmitir à administração da LACTOGAL, de que faz parte a PRONICOL, que tem uma grande vantagem competitiva por ter no seu grupo uma indústria que transforma leite produzido nos Açores, que está associado à imagem da pastagem e sustentabilidade ambiental, e isso representa uma mais valia que tem de ser melhor potenciada em termos de valorização da sua produção.

 

João Ponte reconheceu, porém, como bons exemplos de inovação deste grupo económico, o caso do leite biológico ou, mais recentemente, a dinâmica comercial à volta do queijo Milhafre.

 

O Secretário Regional, que falava quinta-feira, em São Miguel, à margem da sessão de apresentação do programa POSEI-Açores 2019, salientou ainda que o Governo dos Açores continuará a trabalhar em parceria com a indústria e com as organizações de produtores com vista a uma maior inovação na produção, na procura de novos mercados para assegurar a sustentabilidade do setor leiteiro nos Açores.

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