O Secretário Regional da Agricultura e Florestas destacou hoje, em Angra do Heroísmo, os sinais claros da vitalidade e importância do setor agrícola para a economia da ilha Terceira, apontando vários exemplos concretos.
“Prova disso são os investimentos já aprovados na modernização das explorações agrícolas no âmbito do PRORURAL+ que, na ilha Terceira, totalizam 13 milhões de euros”, afirmou João Ponte, acrescentando que, desde o início do atual quadro comunitário, já se registaram 22 primeiras instalações na Terceira, de um total regional de 89.
João Ponte falava na abertura do ‘Wine in Azores’, que decorre no recém-inaugurado Pavilhão Multiusos, do Parque Multissetorial da Ilha Terceira.
Para o governante, quer os proveitos provenientes do leite pagos aos produtores, quer a venda de carne de bovinos e os montantes das ajudas do POSEI e do PRORURAL+ representam muitos milhões de euros e, tudo isso, “dá bem nota da importância do setor agropecuário para a economia da ilha Terceira”.
João Ponte lamentou o facto de a Lactogal, que detém maioritariamente a Pronicol, única fábrica de lacticínios da ilha Terceira, tratar de forma diferente os produtores da Região, comparativamente com os do continente português.
“Não percebemos por que razão esta indústria não tira maior vantagem competitiva de algo que temos de essencial, que é produzirmos um leite de grande qualidade. Ficam as interrogações”, frisou.
Apesar do “cenário de incerteza” quanto ao preço do leite pago aos produtores, em especial na ilha Terceira, o titular da pasta da Agricultura salientou que tal não tem impedido “a ação determinada e resiliente dos agricultores terceirenses em produzir cada vez mais e com maior qualidade, serem mais eficazes, eficientes e apostarem na modernização das suas explorações”.
Também no setor da viticultura, João Ponte disse que se tem registado “um crescimento deveras impressionante e consistente”, tanto ao nível da produção, como da exportação.
“É verdade que aproveitamos bem as verbas comunitárias, nomeadamente as do programa VITIS. Foram mais de 20 milhões de euros em candidaturas nos últimos anos”, afirmou, acrescentando que, “se olharmos especificamente para a ilha Terceira, entre 2014 e 2017 foram aprovados 31 projetos de investimento, com uma área de quase 12 hectares”.
Para João Ponte, é importante que ocorra agora um aumento da certificação dos vinhos dos Açores, por ser algo fundamental para criar riqueza, melhorar o rendimento dos produtores, tendo em vista garantir a sustentabilidade desta importante atividade, com grande expressão na ilha do Pico.
O Secretário Regional da Agricultura e Florestas adiantou que está em revisão o âmbito das ajudas específicas para a vinha, de modo a dar garantia aos produtores que investem neste setor que no futuro continuarão a haver apoios e há sustentabilidade para este setor.
João Ponte considerou que o festival ‘Wine in Azores’ é uma “grande janela de oportunidade” para promover a qualidade dos vinhos açorianos junto dos produtores nacionais e dos turistas.
Este evento, segundo disse, servirá de “grande teste” para a Feira Açores 2018, que decorrerá no mesmo local de 15 a 17 de junho, mostrando “com maior dignidade e melhores condições o bom trabalho que o setor agrícola tem realizado e o seu contributo para o desenvolvimento da economia da ilha Terceira”.
