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Jornadas Florestais da Macaronésia geram sinergias para responder aos desafios comuns, afirma Diretora Regional dos Recursos Florestais

A Diretora Regional dos Recursos Florestais afirmou que as IX Jornadas Florestais da Macaronésia, que decorrem esta semana em Cabo Verde, constituem uma oportunidade para gerar sinergias tendo em vista encontrar soluções para problemáticas comuns nos Açores, na Madeira, nas Canárias e em Cabo Verde, mas também para dar a conhecer bons exemplos do trabalho desenvolvido na fileira florestal na Região.

 

“As jornadas, iniciadas em 1994 pelos Açores e Madeira, têm sido de grande importância para a fileira florestal, ao nível da troca de conhecimentos, práticas e dinâmicas de conservação e de desenvolvimento da floresta”, salientou Anabela Isidoro, acrescentando que “as caraterísticas comuns da floresta na Macaronésia conduzem a que haja mais valias na constituição de sinergias, na definição de soluções para problemáticas comuns e para a sua preservação”.

 

As IX Jornadas Florestais da Macaronésia decorrem de 27 a 29 de março e, pela primeira vez, em Cabo Verde, na ilha de Santiago, constituindo um momento em que técnicos da Direção Regional dos Recursos Florestais irão divulgar aos seus pares o que está a ser feito nos Açores ao nível da gestão florestal, da gestão dos recursos cinegéticos e da valorização da criptoméria.

 

Estas jornadas constituem uma atividade enquadrada no VALCONMAC – Projeto de Valorização e Conservação dos Recursos Florestais na Macaronésia, financiado no quadro do programa de cooperação INTERREG V, e pretendem ser um fórum no qual convergem profissionais públicos e privados com competência florestal, bem como técnicos de áreas conexas, a sociedade civil e pessoas interessadas na gestão, planificação e proteção florestal.

 

A Diretora Regional dos Recursos Florestais adiantou que, no decurso das jornadas, será assinada uma declaração comum entre os Açores, Madeira, Canárias  e Cabo Verde com uma listagem das 100 árvores notáveis existentes nos quatro arquipélagos, um património natural de excelência que importa divulgar e preservar para as futuras gerações.

 

“À semelhança das outras regiões, os Açores incluem nesta listagem 25 árvores notáveis, dispersas por todas as ilhas, que poderá ser atualizada a qualquer momento. Estamos a falar de espécies como dragoeiros, araucárias, azevinhos, cedros do mato, carvalhos, sequoias, entre outras”, afirmou Anabela Isidoro, acrescentando que este património constitui uma grande riqueza.

 

A Diretor Regional destacou a proteção destes exemplares notáveis ou de um conjunto de árvores que, pelas suas caraterísticas extraordinárias são considerados elementos botânicos que devem ser respeitados, tanto pelos residentes, como pelos turistas, e cujo valor científico, cultural, didático, paisagístico ou ornamental aconselham, a que, pelo menos, sejam objeto de sinalização e salvaguarda.

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