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Laboratório Regional de Enologia passa a realizar análises às amostras de vinho candidatos à certificação

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou hoje, no Pico, que o Laboratório Regional de Enologia vai passar a realizar análises às amostras de vinhos candidatos à certificação, o que permitirá reduzir custos e melhorar o tempo de resposta.

 

“Até hoje, todas as amostras de vinho tendo em vista a certificação eram remetidas para um laboratório externo à Região. Naturalmente, isso originava demoras e custos”, afirmou João Ponte, que falava após a assinatura de um protocolo de cooperação entre o Laboratório Regional de Enologia e a Comissão Vitivinícola Regional (CVR).

 

João Ponte salientou que, a partir de agora, as análises passam a ser feitas nos Açores, o que significa também “um momento importante de afirmação e reconhecimento” do trabalho feito pelo Laboratório Regional de Enologia, que “tem boas instalações, equipamentos adequados e um corpo técnico empenhado, motivado e qualificado”.

 

O Secretário Regional considerou que este momento representa também “um passo em frente” ao nível da consolidação da cultura da vinha e do vinho no arquipélago e no Pico, em particular, ilha que tem grande tradição neste setor.

 

Entre 2014 e 2017, segundo revelou João Ponte, surgiram 469 candidaturas ao programa comunitário VITIS, que corresponderam a uma área de 760 hectares e a um investimento de cerca de 20 milhões de euros.

 

“Estes dados dão bem nota da importância que este programa teve para o desenvolvimento da cultura da vinha nos Açores e, sobretudo, aqui no Pico, que, como se sabe, foi a ilha que apresentou maior número de candidaturas”, afirmou.

 

João Ponte salientou ainda os principais desafios que se colocam ao futuro deste setor, desde logo, face ao previsto aumento da produção, frisando que será necessário trazer maior capacidade de transformação para garantir o escoamento do vinho, assegurar a sua valorização e, sobretudo, a sua rentabilização, de modo a assegurar a sustentabilidade da produção.

 

Por outro lado, é fundamental, segundo João Ponte, haver previsibilidade em relação ao futuro e às ajudas à manutenção da vinha por parte dos produtores, daí que, no final de 2017, tenha sido constituído um grupo de trabalho, com elementos do departamento da Agricultura e do Ambiente, para definir um quadro de apoios à manutenção da vinha.

 

Hoje foi também assinado um acordo de utilização por parte da CVR de um espaço no Laboratório Regional de Enologia destinado às provas sensoriais, dado que aquela comissão não dispõe de condições para o efeito nas suas instalações.

 

Atualmente, os Açores possuem 38 marcas de vinho certificado, várias dezenas de produtores individuais, três zonas demarcadas, nomeadamente Biscoitos (ilha Terceira), Graciosa e Pico, e a Indicação Geográfica Protegida, para vinhos de qualidade brancos e tintos.

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