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Mais de mil pessoas idosas com mais de 85 anos vivem sozinhas na Madeira

De acordo com Assunção Bacanhim, da UMAR Madeira, na Madeira existem mais de mil pessoas idosas com mais de 85 anos a viver sozinhas, cuja maioria são mulheres.

“Na Madeira, temos alguns dados disponíveis que nos dizem que já temos mais de mil pessoas idosas com mais de 85 anos a viverem sozinhas, cuja maioria são mulheres. Existem na Madeira, nos dados de 2017, 118 pessoas idosas por cada 100 jovens, o que quer dizer que já começa a existir um défice muito claro de envelhecimento da sociedade, o que é muito preocupante”, disse na conferência de imprensa alusiva ao Dia Internacional da Pessoa Idosa, que se realizou hoje, sendo esta promovida pelo Secretariado da UMAR/Madeira.

“Sabemos também das muitas carências que prevalecem com a existência de pessoas institucionalizadas e outras dependentes a viver em casa em precárias condições. Temos Pessoas em casa, também Idosas, a cuidarem de outras mais dependentes. Esta é uma situação que carece de intervenção urgente”, acrescentou a porta-voz da iniciativa.

Assunção Bacanhim disse que “é fundamental separar claramente as situações e satisfazer as necessidades básicas das pessoas”, sendo que “os lares deviam ser apenas para as pessoas dependentes e que precisam de cuidados especiais”. “Aumentar a ajuda às pessoas que conseguem ficar nas suas casas e que deviam ser ainda mais acompanhadas, sobretudo durante a noite, e aos fins de semana, para não termos noticias, quase diárias, que nos dizem que uma pessoa idosa foi encontrada morta dentro de casa pelos vizinhos”, sustentou.

Defendeu a existência de outro conceito de casas de apoio como comunidades inclusivas para as pessoas que não conseguem viver sozinhas, ou por razões de deficiências várias, ou outras, mas que ainda têm autonomia para partilharem experiências e fazer várias tarefas úteis para si e para a comunidade onde estão integradas.

Defendeu também a gratuidade dos transportes públicos para todas as pessoas idosas, sem qualquer excepção, “porque os contributos que estas pessoas deram à sociedade merecem ser reconhecidas pelo Estado/Governos, a exemplo do que já acontece em muitos países do mundo, como no Brasil”.

“Consideramos que a nossa Região devia ter mais espaços inclusivos onde as pessoas idosas se possam sentir bem. Dar mais qualidade aos espaços naturais nas cidades onde as pessoas se juntam, quer faça sol ou chuva, cobrindo-os e criando melhores condições para esse convívio”, salientou.

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