O Secretário Regional da Agricultura e Florestas defendeu, em São Miguel, que o crescimento do número de jovens agricultores e o aumento da área da diversificação são de grande importância para assegurar sustentabilidade à agricultura.
João Ponte, que hoje visitou duas explorações agrícolas no concelho de Ponta Delgada, lideradas por jovens agricultores, salientou que, nos últimos quatro anos, se registou um crescimento de 37% na área da diversificação agrícola e a entrada de muitos jovens para o setor.
“No caso particular de São Miguel, das 25 candidaturas aprovadas até ao momento para instalação de jovens agricultores, no âmbito do PRORURAL+, 33% foram nas áreas da horticultura e da fruticultura”, afirmou.
No primeiro dia da visita do Governo dos Açores a São Miguel, o governante considerou que estes são número que traduzem a aposta dos agricultores nas denominadas áreas da diversificação agrícola e a confiança no futuro sustentável do principal setor da economia regional.
Na visita a uma exploração de ananás, na Fajã de Baixo, com uma produção de cerca de 80 toneladas por ano, o Secretário Regional disse que o Governo dos Açores tem apoiado os produtores, disponibilizando instrumentos financeiros e técnicos.
Relativamente ao POSEI, João Ponte referiu que foi proposto à Comissão Europeia isentar de rateios todas as áreas de produção até 2.000 metros quadrados e em modo de produção biológico.
Outra alteração proposta é que a ajuda seja apenas para os produtores em regime de produção DOP, de modo a ajustar toda a produção de acordo com o caderno de especificações de um fruto que está classificado como DOP desde 1996.
Na exploração que visitou dedicada à horticultura, em São Roque, João Ponte disse trata-se de um bom exemplo de empreendedorismo agrícola, destacando o investimento de 320 mil euros, com uma despesa pública de 176 mil euros, que foi feito ao abrigo do apoio do PRORURAL+.
O Secretário Regional da Agricultura e Florestas salientou ainda que o Governo dos Açores está a desenvolver um conjunto de documentos e planos estratégicos que vão apoiar muito o setor da diversificação agrícola nos próximos anos, apontando como exemplo o plano de desenvolvimento da fruticultura, cujo grupo de trabalho já foi nomeado, o estudo às produções hortícolas, que está em fase de conclusão, o plano estratégico para a produção em modo biológico, que já foi concluído, ou o plano apícola, que ficará pronto até ao final deste ano.
“Estamos a preparar o futuro da área da diversificação agrícola com um conjunto de medidas estruturais que depois serão consubstanciadas em políticas que vão permitir aos agricultores olhar para a diversificação e considerar que é uma área em que vale a pena apostar, com retorno e rendimento”, afirmou João Ponte.
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