A capela-farol de São Miguel-o-Anjo recebe a sessão de “Um Objeto e seus Discursos por Semana” do próximo sábado, onde vão ser recordadas histórias testemunhadas pelo Marégrafo que está situado a poucos metros.
Com início às 18 horas, esta conversa tem como intervenientes o presidente da APDL, Brògueira Dias, e o historiador e investigador Manuel Real, a quem se junta o comandante da Zona Marítima do Norte e da Polícia Marítima do Douro e Leixões, Rodrigues Campos.
Inserida no ciclo “Um Objeto e seus Discursos por Semana”, que acaba de ser galardoado com o Prémio APOM, a sessão tem acesso livre e servirá para recordar aventuras e desventuras da barra do rio Douro, de que o Marégrafo é “sentinela” desde há mais de 100 anos.
Com efeito, as marés – inquietação astral e previsível dos oceanos – marcaram o ritmo de entrada dos barcos na barra do Douro ao longo de séculos.
Os navios faziam um trajeto arriscado, manobrados pelos experientes pilotos orientados pelo facho que encimava a capela-farol de São Miguel-o-Anjo e pelas balizas do rio e suas margens.
Testemunha de tantos perigos desde finais do século XIX, o Marégrafo da Cantareira regista o nível médio das águas da barra através de uma bóia que flutua num poço.
Este pontal, onde assenta a capela renascentista, ficou conhecido como “Cais do Marégrafo”, que está instalado na casinha situada no extremo da plataforma, junto ao Anemógrafo (o medidor de ventos) e não longe do salva-vidas e do farolim em ferro.
A capela-farol de São Miguel-o-Anjo fica localizada na Rua do Passeio Alegre, 494.
A programação completa do ciclo “Um Objeto e seus Discursos por Semana”, cujas iniciativas são de acesso gratuito mediante levantamento de bilhete, está disponível no site www.umobjetoeseusdiscursos.com.