A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo anunciou hoje, nas Lajes das Flores, que a primeira prova de trail run na ilha das Flores vai decorrer a 24 de novembro, envolvendo cerca de duas centenas de participantes, numa iniciativa que contribuirá para a dinâmica económica local na época baixa do turismo, combatendo a sazonalidade.

“Não temos dúvidas que o ‘Extreme West Atlantic Trail’, que traz, pela primeira vez, uma prova de trail run às Flores, se vai assumir como mais um momento marcante relativamente a eventos desportivos na Região, com real importância nesta ilha”, afirmou Marta Guerreiro na apresentação do evento, que terá lugar num dos locais mais emblemáticos da ilha, a Fajã Grande.

No segundo dia da visita estatutária à ilha das Flores, a governante destacou que a prova é o quarto evento da marca Azores Trail Run, que já se afirmou nas ilhas do Fail, Pico, São Jorge e Santa Maria, constituindo-se como “um importante trunfo” para combater os desafios que a sazonalidade impõe.

Marta Guerreiro salientou que, nos últimos anos, os Açores consolidaram-se como um dos principais destinos de natureza ativa da Europa, com uma forte concentração de turismo ativo, que vive de experiências como o trail run, a caminhada, a observação de baleias, o mergulho, o BTT e o canyoning, entre outros.

“É por isso que o Governo dos Açores encara com grande satisfação todas as iniciativas, sejam elas promovidas por entidades públicas ou privadas, que elevem o nome do nosso arquipélago ao mais alto nível, no que diz respeito a pôr em prática as intenções de fruição ativa dos nossos espaços naturais”, disse a Secretária Regional, destacando que os Açores contam atualmente com 674 quilómetros de percursos pedestres nas nove ilhas.

Apesar de todo o percurso feito até agora de afirmação do turismo nos Açores, Marta Guerreiro referiu que é preciso ir mais além em termos de qualificação, tendo anunciado que arranca este mês, na ilha das Flores, um vasto programa de qualificação e valorização profissional de ativos, alargado a todo o arquipélago, com um total de 1.200 vagas, representando 3.000 horas de formação.

“Depois de um trabalho exaustivo de identificação de necessidades por ilha, realizado pela Escola de Formação Turística e Hoteleira, em parceria com as entidades locais, estão já abertas as inscrições para os primeiros módulos, em áreas que vão desde técnicas de cozinha, de restaurante, bar, ‘softskils’ até ao marketing digital”, referiu Marta Guerreiro.

Esta oferta formativa resulta da parceria desenvolvida entre as direções regionais do Turismo e do Emprego e Qualificação e o Turismo de Portugal.