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MERCADO DOS LAVRADORES TRANSFORMADO POR DENTRO E POR FORA

A Câmara Municipal do Funchal prepara-se para avançar, neste início de Verão, com uma operação de beneficiação multifacetada no Mercado dos Lavradores, que representará um investimento na ordem dos 170 mil euros, na requalificação de todas as fachadas do Mercado, bem como das bancas onde se instalam as históricas floristas dos Lavradores. Será uma intervenção por dentro e por fora, fortemente comprometida com a valorização da identidade histórica e do património do Mercado dos Lavradores e que será o corolário da aposta do Executivo liderado por Paulo Cafôfo na Revitalização dos Mercados Municipais, que foi uma das estratégias que marcou o mandato.
 
 

A intervenção inicial passará pela recuperação de todas as fachadas do Mercado dos Lavradores, com o intuito de preservar a traça original do histórico edifício inaugurado em 1940 e que constituiu um símbolo da arquitetura do Estado Novo, da autoria do Arquiteto Edmundo Tavares que, no Funchal, projetou ainda a Agência do Banco de Portugal ou o Liceu Jaime Moniz, entre outros.

Trata-se de uma intervenção a nível estético, de limpeza, retificação e pintura das fachadas, que recuperarão o amarelo ocre original, e de uma reabilitação a nível geral, com a execução de todos os trabalhos inerentes a uma boa recuperação exterior do edifício, o que vai incluir todos os beirais na envolvência do edifício e a colocação de vidros novos, tanto na Praça do Peixe, como em todo o primeiro piso. Esta intervenção exterior está avaliada em 105 mil euros.

A grande novidade desta intervenção transversal da Autarquia na valorização do Mercado dos Lavradores será, por sua vez, a renovação integral dos espaços destinados às históricas floristas, que são um dos símbolos maiores deste espaço incontornável do Funchal.

Estas terão, pela primeira vez, espaços completamente próprios construídos de raiz, nomeadamente com a instalação de módulos em ferro forjado, com estruturas adequadas para a colocação de flores e bolbos, respeitando o processo de certificação de qualidade que está a ser introduzido no Mercado. Cada módulo terá, também, a sua própria iluminação, respondendo a um pedido expresso das próprias floristas. A tradição também será, no entanto, salvaguardada, com balcões em madeira, cestos de vime e os trajes típicos a comporem o ramalhete diário.

A localização das floristas mantém-se, mas as suas condições de trabalho serão radicalmente melhoradas. Passarão a existir 13 módulos para venda de flores, um para cada uma das profissionais que atualmente já desempenha estas funções, mas estes estarão, doravante, identificados com o nome de cada florista numa placa de madeira, criando uma relação mais pessoal com o espaço e servindo para apresentar cada uma delas a todos quantos entram diariamente no Mercado dos Lavradores, sejam locais ou turistas.

Os módulos terão toldos amovíveis e passarão a ser fechados no fim da jornada de trabalho, permitindo que as floristas passem a lá deixar os artigos particulares que entenderem. Para isso terão, de resto, uma zona destinada para o efeito, dentro de cada banca. Serão, assim, espaços bastante personalizados, que a Unidade de Mercados já apresentou individualmente a cada florista, tendo o feedback sido excelente.

A Câmara Municipal do Funchal ressalva que todo o trabalho de design, bem como todas as plantas de pormenor, foram desenvolvidas com recursos internos. O investimento na concretização ascenderá, neste caso, a 65 mil euros. 

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