Realiza-se, no próximo dia 18 de novembro, sexta-feira, o sexto e último concerto da Temporada de Música de Óbidos, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa.
O espetáculo decorrerá no Santuário do Senhor Jesus da Pedra, às 21 horas, e terá música de Mozart.
Nuno Inácio: Flauta e Direção Musical
Carolina Coimbra: Harpa
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Andante em Dó Maior, para flauta e orquestra (duração aproximada: 6’)
Concerto para Flauta e Harpa em Dó Maior (duração aproximada: 30’)
I. Allegro
II. Andantino
III. Rondeau: Allegro
Intervalo
Sinfonia N.º 41 em Dó Maior, KV 551, Júpiter (1788) (duração aproximada: 36’)
I. Allegro vivace
II. Andante cantabile
III. Minuetto: Allegretto
IV. Molto allegro
WOLFGANG AMADEUS MOZART
A Sinfonia Júpiter, uma das obras de Wolfgang Amadeus Mozart mais tocadas nos nossos dias, preenche por inteiro a segunda parte deste programa. Trata-se da derradeira sinfonia do compositor austríaco e uma das partituras instrumentais mais imponentes que escreveu. O nome por que é conhecida faz justiça a essa condição. Foi-lhe atribuído postumamente, quando um empresário radicado em Londres, Johann Peter Salomon, publicou uma versão reduzida para piano com o título emprestado do nome do maior planeta do sistema solar.
Terminada em 1788, é uma obra introspetiva e exuberante, graciosa e perturbadora. Sintetiza as mais importantes técnicas de escrita orquestrais do passado, mas chama a si uma postura vanguardista, intimando os compositores que lhe seguiram a uma atitude de permanente evolução. Uma das características que melhor a distinguem será a coexistência dos mais elaborados recursos do estilo Barroco com premissas que apontavam caminhos ao Romantismo musical. Esta era uma convergência extremamente inovadora àquela data, um mérito que é, ainda hoje, amplamente reconhecido.
Antes do intervalo, são interpretadas mais duas obras do mesmo compositor, nas quais sobressaem dois instrumentos solistas: a flauta e a harpa. Destaca-se aqui o Concerto para Flauta e Harpa, escrito dez anos antes, quando Mozart ainda arriscava a sorte nos salões aristocráticos das principais cidades europeias. Esta obra, em particular, foi escrita para um duque parisiense, que tocava flauta, e sua filha, harpista. Os intentos financeiros do músico não foram satisfeitos, mas ficou para História um documento que comprova o quanto era capaz quando pretendia agradar alguém. Numa altura em que as técnicas de construção, quer da flauta quer da harpa, ainda não permitiam obter o som depurado que lhes conhecemos hoje, não deixa de surpreender a dimensão da beleza alcançada mediante tão grande simplicidade de recursos.
– Cartaz
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