Na área da mobilidade, importa também fazer uma abordagem do nacional para o regional e para o local. Todos nós sabemos que o aeroporto da Portela tem estado, nestes últimos anos, a rebentar pelas costuras. Há quem diga que temos turismo a mais. Nós temos a perceção de que podemos ter mais turismo. E para termos mais turismo precisamos de ter outras respostas de um aeroporto nacional. E já percebemos que a Portela não tem essa capacidade de resposta. Ouvimos recentemente um Ministro e um Primeiro-Ministro falar do novo aeroporto no Montijo. E eu quero dizer-vos de forma clara que não acredito nessa solução. E não acredito por uma única circunstância: porque sei, respeito e sou conhecedor do rigor das pessoas que fazem estudos de impacto ambiental. E sei verdadeiramente que, se essa análise rigorosa for feita, o Montijo jamais será uma alternativa ao aeroporto da Portela. E, por isso, nós autarcas, nós cidadãos, mesmo aqueles que acham que não precisam de um aeroporto, temos de ser os primeiros a chamar a atenção da administração e a exigir que exista, em primeiro lugar, uma verdadeira alternativa, e em segundo lugar, a dar soluções para ela.
Do mesmo modo a Linha do Oeste… Ainda hoje lia uma notícia que, de alguma maneira, me desagradava, mas espero, de acordo com aquilo que eu acho e que tem sido o discurso nos últimos meses dos vários partidos políticos, que a eletrificação e modernização da Linha do Oeste seja uma realidade. E não porque sim e porque é bonito ter uma Linha do Oeste, mas por razões de natureza económica. Embora estejamos num território no litoral, também sofremos com a interioridade. Nós temos um pêndulo económico entre Lisboa e o Porto e que passa por aqui. E se nós tivermos uma Linha do Oeste e um transporte público coletivo amigo, eu tenho a certeza que nós vamos ser territórios com ainda maior capacidade de atração de investimento e com maior capacidade de fixação de novos residentes. Mas, para isso, é preciso que este investimento, em primeiro lugar, se faça e, em segundo lugar, que se faça de Meleças até Coimbra ou Figueira da Foz, com ramificações com outros transportes ferroviários. Não podemos ter o discurso da mobilidade ou da descarbonização sem encetarmos estratégias de fomento à mobilidade descarbonizada de transportes coletivos.
Vamos ter um ano, também, para dentro do concelho com a requalificação de várias estradas, troços e caminhos onde temos meio milhão de euros para investir. De resto, estamos a trabalhar na maior oferta de transportes da rede pública. Estamos numa fase de negociação para uma nova concessão da rede de transportes públicos. Precisamos todos, de forma conjunta, seja o cidadão de forma individual ou o autarca de freguesia, de chamar a atenção para estas questões. Este é o momento de podermos gizar uma boa rede de transportes públicos que possa servir todos sem exceção: aqueles que não têm carro mas também aqueles que têm.
A renovação da frota municipal por uma frota mais amiga do ambiente é também um grande objetivo para o município.
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