O modelo de transporte marítimo de mercadorias atualmente em vigor “tem a capacidade de se adaptar a novas solicitações”, assegurou hoje, na Horta, a Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas.
Ana Cunha, que falava na Assembleia Legislativa, defendeu que o modelo salvaguarda o que o Governo dos Açores considera essencial, “que é garantir que cada uma das ilhas tenha acesso à movimentação de mercadorias por via marítima, e de forma a poder contribuir ao seu regular abastecimento e desenvolvimento”.
Para a titular da pasta dos Transportes, a questão principal, nessa adaptação, prende-se exatamente em “fazê-lo sem comprometer a coesão regional e obtendo consenso, em relação a todos os intervenientes que foram ouvidos, e que são os intervenientes no modelo”.
Ana Cunha revelou que, a respeito da capacidade de adaptação do presente modelo, o reforço da capacidade instalada foi já comunicado ao Governo dos Açores por um dos armadores que opera para a Região, “para fazer face a um crescimento no transporte de cargas do continente para os Açores, a partir de 26 de julho”, através da escala quinzenal de um sétimo navio a operar na Região.
A entrada ao serviço deste navio possibilitará, desde logo, “o aumento quinzenal da capacidade instalada de cerca de 220 contentores de 20 pés e 80 viaturas, a ligação direta quinzenal de Leixões à ilha Terceira e a passagem do navio que faz a ligação inter-regiões, Açores – Madeira, para a semana em que há navio em Santa Maria, o que facilitará a exportação de gado desta ilha para o arquipélago da Madeira”, frisou Ana Cunha, acrescentando que também permitirá “uma melhor resposta em alguma situação de imprevisto, uma vez que, como parece natural, com sete navios é bem mais fácil fazer face a algum ajustamento do que com seis”.
“O Governo dos Açores continua a acompanhar a execução do transporte marítimo de mercadorias e dialoga, com regularidade, com todos os seus operadores”, assegurou a Secretária Regional, salientando que há “um diálogo no sentido de se melhorar a previsibilidade do serviço, com maior observância dos itinerários publicitados, sem prejuízo de, naturalmente, poderem existir situações atendíveis, suscetíveis de comprometerem essa previsibilidade, como sejam, desde logo, as razões de ordem meteorológica, operacional ou técnica”.
Ana Cunha considerou ainda que, quando alguns defendem que é necessário um novo modelo, que traga mais previsibilidade, “é uma argumentação um pouco equívoca, dado que quaisquer desvios aos itinerários publicados devem-se a razões externas a qualquer modelo e, portanto, constituirão uma constante a qualquer modelo que se pretenda analisar”.
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