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Novo programa ‘Espaço para a Saúde Mental’ aposta em ações desde a prevenção à reinserção

O Diretor Regional da Saúde apresentou hoje, em Angra do Heroísmo, a estratégia definida para a melhoria da saúde mental nos Açores, através do novo programa ‘Espaço para a Saúde Mental’.

 

“Pretende-se com esta nova metodologia mudar o paradigma e a forma como é encarada a doença mental, descentralizando os cuidados de saúde mental e tornando os serviços mais próximos do utente, do cuidador e da comunidade”, afirmou Tiago Lopes.

 

A iniciativa propõe a integração da saúde mental nos centros de saúde e hospitais, em linha com o que é preconizado no Plano Regional de Saúde.

 

“Com esta matriz generalizada a todas as unidades de saúde queremos assegurar o acompanhamento precoce, por via da prevenção, ao longo de todas as etapas do ciclo de vida, desde a gravidez até à terceira idade, garantindo o acesso equitativo de toda a população aos cuidados de saúde mental”, sublinhou o Diretor Regional.

 

A operacionalização desta estratégia passa pela criação de grupos de trabalho nas nove Unidades de Saúde de Ilha para o planeamento, implementação, monitorização e avaliação do projeto.

 

No contexto da prevenção, o programa propõe também a avaliação periódica do estado de saúde mental dos utentes ativos nos cuidados de saúde primários, ações de sensibilização e de for­mação, dirigidas à população em geral, profissionais, utentes e famílias e o estímulo à sociedade civil para que proponha projetos promotores da saúde mental e bem-estar.

 

Tiago Lopes revelou ainda que será aplicado na Região o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, no âmbito dos cuidados de saúde primários.

 

“Esta é uma matéria sensível, à qual não podemos ficar alheios e que merece uma abordagem consistente, suportada na produtividade e uso eficiente de todos os recursos”, frisou.

 

Na vertente do tratamento, esta medida pretende combater o estigma e a discriminação, fazendo com que as famílias e os cuidadores participem no processo de reabilitação e integração dos utentes, permitindo reduzir desta forma o número de casos institucionalizados.

 

De acordo com a legislação em vigor, as orientações relativas aos doentes e à doença mental deixaram de ter por base o isolamento e a segregação como condições indispensáveis ao tratamento e substituindo-as pela integração dos cuidados de saúde mental no sistema geral de prestação de cuidados.

 

“Para atingir esta meta iremos reforçar as ações de acompanhamento nas áreas de apoio domiciliário e de unidades de reabilitação”, sustentou o Diretor Regional.

 

Nas quatro casas de saúde da Região encontram-se atualmente 609 utentes em regime de internamento, sendo que 20 estão em situação de média duração e cinco em situação de internamento de curta duração.

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o impacto causado pelas doenças psiquiátricas não se verifica apenas a nível individual ou familiar, mas também a nível económico, social, penal e judicial.

 

Do ponto de vista económico, estima-se que as doenças psiquiátricas custem ao Estado cerca de 3 a 4% do PIB, sobretudo através da perda de produtividade.

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