Nuno Mocinha, presidente da Câmara Municipal de Elvas, abordou esta terça-feira 17, em conferência de imprensa, dois temas sobre o concelho: saúde e obras.

O autarca de Elvas adiantou que tem sido uma preocupação a questão da Saúde no concelho, nomeadamente no que respeita ao Hospital de Santa Luzia, e neste âmbito a questão da referenciação e a reclassificação das suas Urgências.

A referenciação neste momento, está resolvida, “por despacho do Ministério da Saúde no início deste mês”, sendo que se, “até agora, os utentes do distrito de Évora tinham de ser enviados, pelos médicos de família, para consultas de especialidade hospitalar, para o hospital de Évora”, desde o início de maio, “os médicos de família dos concelhos do distrito de Évora (como sejam Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Alandroal e Redondo), em articulação com os utentes, podem optar entre o hospital de Évora e Hospital de Santa Luzia, em Elvas”. 

Para Nuno Mocinha é “uma vitória muito importante para Elvas, Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Alandroal e Redondo, mas também é um triunfo para os profissionais de Saúde do Hospital de Santa Luzia, pois assegura o crescimento da unidade hospitalar elvense. Por isso, se há boas notícias para a ortopedia, cirurgia, oftalmologia e otorrinolaringologia, tiro a conclusão que há boas notícias para o nosso hospital e para o concelho de Elvas”.

O autarca referiu ainda que se esta questão está posta de lado, no que respeita às Urgências desta unidade de saúde elvense, está em causa a possível passagem de um Serviço de Urgência Básica (é o atual) para um Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica (é o pretendido). “Nesta matéria, também nunca iludi ninguém, pois reconheço tratar-se de um desejo difícil de concretizar, em especial num período em que as dificuldades financeiras se mantêm, o Ministério da Saúde tem de gerir com grande rigor o seu orçamento e o Serviço Nacional de Saúde tem solicitações do País inteiro”, adianta Nuno Mocinha.

Neste âmbito esclareceu não pretender “transmitir a ideia que a resolução das questões da Saúde no concelho de Elvas passa apenas pela vontade e decisões do Presidente da Câmara. Pelo contrário: só com o empenhamento de muitos poderemos conquistar vitórias”.

“São muitas pessoas envolvidas: os profissionais do Hospital de Santa Luzia, os profissionais dos Centros de Saúde da região, os utentes do nosso concelho e dos concelhos à nossa volta, os autarcas e outras forças vivas desta zona do Alentejo. Cada um tem o seu papel e só com o esforço de todos podemos alcançar os nossos objetivos”, elucidou o presidente da Câmara.

Face a este tema, Nuno Mocinha refere que vai “continuar a trabalhar da mesma maneira: em conjunto, juntando vontades, reunindo objetivos comuns e em diálogo com quem decide. Sempre com a mesma finalidade: que os Elvenses tenham, ao seu serviço, o Hospital de Santa Luzia, reconhecendo que este ano está melhor do que no ano passado, mas a lutar e acreditar que, no próximo ano, vai estar melhor que hoje”, concluiu.

Outra das matérias abordadas foram as obras no concelho, tendo Nuno Mocinha sublinhado que “continuamos a levar por diante vários projetos”, nomeadamente: o Centro Comunitário do Bairro da Boa-Fé, Centro Comunitário do Bairro de Santa Luzia, reservas do Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Centro Interpretativo da Sinagoga, ampliação do Centro de Convívio da Raposeira, rotunda do Revoltilho, rotunda do Centro de Negócios Transfronteiriço, acessibilidades à Igreja da Terrugem, memorial aos Combatentes do Ultramar, memorial aos Bombeiros e pintura da Igreja de São Pedro.

Neste âmbito, adiantou ainda que se traduzem num “investimento de 1 milhão e 640 mil euros”.