Quatro concertos e dois recitais, que vão da música árabe à barroca e não só, compõem o IN Spiritum – Festival de Música do Porto, cuja edição 2017 decorre entre esta quinta-feira e domingo em diferentes espaços do património histórico da cidade.
Numa coprodução da Câmara do Porto com a Associação Cultural InSpiritum, o festival propõe-se levar o público a redescobrir o património histórico através da música, associando para tal um repertório específico ao ambiente único de cada espaço, proporcionando novas leituras da cidade.
O roteiro explora, assim, alguns dos principais espaços monumentais do Porto, variando a programação musical em estilo e período temporal.
O concerto inaugural, às 21,30 horas de quinta-feira, traz a música árabe de “Os poemas de Alhambra” e junta o arquiteto e músico espanhol Eduardo Paniagua, especializado em música antiga e medieval, com o El Arabi Ensemble de música andaluza.
O local é o mais adequado: o Salão Árabe do Palácio da Bolsa, cuja construção seguiu as linhas do Palácio Alhambra, na cidade espanhola de Granada.
Na sexta-feira, à mesma hora, é a vez de Igreja de São Francisco, ícone do barroco portuense, receber um concerto de música Barroca pelo Ludovice Ensemble, intitulado “Fulgores do Barroco português”.
O programa contempla também o Museu Nacional de Soares dos Reis, onde o Quarteto Rosário dará um recital de música de câmara, pelas 18 horas de sábado, focado precisamente em “Soares dos Reis e a música do seu tempo”.
Também no sábado, mas às 21,30 horas na Sé Catedral, os dois órgãos históricos de tubos recentemente reinaugurados, após dois anos de recuperação, estabelecem “Diálogos” de música ibérica, sob os dedos de António Esteireiro (que tocará o órgão do Evangelho, à esquerda de quem está de frente para o altar-mor) e Rui Paiva (órgão da Epístola, à direita).
O “roteiro musical e histórico” do IN Spiritum – como aponta o maestro Cesário Costa, o novo diretor artístico do evento – transporta-nos aos tempos áureos do Vinho do Porto e à inspiração da força feminina de Dona Antónia Adelaide Ferreira Gomes (1811-1896), pelas 12 horas de domingo.
A cantora lírica Ana Maria Pinto e o pianista David Santos dão um recital que tem por palco as Caves Ferreira e por tema “A Ferreirinha e as compositoras do seu tempo”.
O festival encerra sob o signo italiano, na Igreja dos Clérigos, com “As Quatro Estações” de Antonio Vivaldi, contemporâneo de Nicolau Nasoni.
O concerto, a partir das 18 horas, é protagonizado pelo Ensemble do Festival, tendo como solistas o violinista Pedro Meireles e o acordeonista Gonçalo Pescada, que interpretarão também a versão de Astor Piazzolla.
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