“O Teatro vai à escola” é o nome da iniciativa do Município de Amarante, em colaboração com a Filandorra – Teatro do Nordeste, criada para sensibilizar os alunos para o teatro e, de forma pedagógica, complementar a componente letiva levando a palco obras que os alunos estão a estudar, tornando a aprendizagem mais esclarecedora e enriquecedora.A partir de dia 15 de fevereiro, os alunos do 9.º ao 11.º anos da Escola Secundária de Amarante e do Externato de Vila Meã vão assistir à interpretação de textos da dramaturgia de autores portugueses e nomes da Literatura Dramática Universal.Amanhã, às 10h30, a peça “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, será apresentada aos alunos do 9.º ano no Cineteatro Raimundo Magalhães. Uma interpretação pedagógica que respeita fielmente o texto original, mas atualiza a galeria de personagens vicentinas no espaço e no tempo modernos, que viajam ao som de ícones musicais da atualidade e desfilam sob guarda-roupa vistosamente contemporâneo.Também de Gil Vicente, “Farsa de Inês Pereira” vai ser apresentado aos alunos do 10.º ano no dia 21, às 10h30 e 14h30, no Cineteatro Raimundo Magalhães; e dia 23, no Auditório da Escola Secundária de Amarante, à mesma hora. Uma comédia de carateres e costumes que conta a história de Inês Pereira, jovem caprichosa e ambiciosa, que anda encantada por Brás da Mata, galante combatente, mas que é pressionada a casar com Pêro Marques, um lavrador simples e sem cultura. É na escolha de pretendentes e nas suas consequências que se centra esta farsa vicentina, uma das mais divertidas satíricas escrita a partir do ditado popular ‘mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube’.“O Teatro vai à escola” termina dia 25 de fevereiro com a peça “Frei Luís de Sousa”, de Almeida Garrett, apresentada aos alunos do 11.º ano, às 10h30, no Cineteatro Raimundo Magalhães, e às 15h00, no auditório da Escola Secundária de Amarante. Um clássico da literatura portuguesa que é uma referência na afirmação de uma estética e de um determinado tipo de linguagem que perdura no tempo. Por considerar pertinente voltar às questões do humanismo, aos problemas das pessoas, a Filandorra reinterpreta “Frei Luís de Sousa” com um toque de contemporaneidade.Recorde-se que a Filandorra – Teatro do Nordeste é uma Cooperativa de Produção, Formação e Animação Teatral, apoiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e Autarquias Locais, que desenvolve na região de Trás-os-Montes e Alto Douro um projeto inovador de descentralização teatral. A Filandorra assume-se no panorama atual das artes performativas em Portugal, como um dos grandes condutores do desenvolvimento local e entidade de destaque na dinamização e sensibilização cultural das populações do nordeste do país.
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