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Obras no Pavilhão Rosa Mota vão começar. Conheça o projeto

A concessão do Palácio representa um encaixe para o Município de quatro milhões de euros, mediante o pagamento de uma renda mensal de 20 mil euros, atualizada à taxa de inflação, pelo período de exploração.

Ou seja, é reabilitada sem qualquer encargo financeiro para a autarquia uma estrutura emblemática da cidade, que se encontrava bastante degradada.

O projeto de requalificação respeita na íntegra a arquitetura exterior do pavilhão que há 60 anos, como destacou Rui Moreira, marca o “skyline” portuense.

Com desenho do então jovem arquiteto José Carlos Loureiro, “foi um disco voador que aqui pousou e aqui continua. É um equipamento emblemático”.

Ao abrigo do contrato, a empreitada de reabilitação não exercerá influência no normal funcionamento dos jardins do Palácio de Cristal e espaços integrados.

Aliás, a intenção foi sempre preservar um património ambiental e de lazer, para a população, que está a ser alvo de um investimento autárquico de 1,3 milhões de euros, já com várias intervenções cumpridas.

O autarca reiterou esta intenção ao mencionar que há quatro anos, em início de mandato, encontrou na Câmara um projeto para o Palácio “muito diferente deste. Ia ocupar parte significativa do jardim, nomeadamente do lago. Não se coadunava com a nossa perceção da cidade e o nosso desejo de manter os jardins”.

 

 

Revolução interior e mobilidade por “ligações suaves”

“Vai ser um equipamento fantástico para a cidade”. É esta a convicção de Rui Moreira, reiterada pelos promotores do projeto.

Jorge Silva, administrador da PEV Entertainment, frisou aos jornalistas que o Palácio tornar-se-á numa referência da dinâmica da cidade, com uma programação que “não será alheia a toda a atividade cultural do Porto, do Norte e do país e até do estrangeiro”.

Assegurou ainda que se pretende “fazer a ponte não só com os espaços e salas que existem atualmente, como Alfândega ou Coliseu, mas também com as instituições e associações que de algum modo têm intervenção cultural na cidade. Isso é fundamental” – frisou, para depois afirmar que “este será um espaço aberto a todos”.

Para assumir estes desígnios é importante a mobilidade, questão focada pelo presidente da Câmara. Neste âmbito, “foi já lançado o concurso quevai permitir ligações suaves entre este equipamento e a Alfândega”, algo que “seguramente vai potenciar sinergias”.

Lembrou também o anúncio da Metro do Porto decriação, “aqui na proximidade, de duas estações”.

Sobre a natureza do projeto, Filipe Azevedo, administrador da Lucios (também do consórcio), explicou que vai realizar-se uma intervenção “muito grande” no Piso 0, que passará a ter “várias salas de apoio”, num total de 1.400 lugares, algo essencial “para conseguirmos captar para o Porto congressos de grande dimensão, com três ou cinco mil pessoas”.

O responsável salientou ainda desejar-se que o pavilhão, também com Piso 1, tenha vida diária. “Gostávamos que todos os dias se passasse aqui alguma coisa. Queremos dar o máximo de utilização possível” ao espaço.

Da revolução interna faz parte a criação de quatro níveis de bancadas, designadamente três “anéis” de bancada e uma rebatível. Ao desenho do espaço junta-se a preocupação com a qualidade acústica e climatização.

Pelas características que reúne, o Pavilhão assumirá a versatilidade necessária para responder aos mais diversos eventos de grande dimensão, desde encontros desportivos a espetáculos, seminários e congressos, feiras e exposições, entre outros.

 

LOTAÇÃO MÁXIMA DO “NOVO” PAVILHÃO ROSA MOTA

Espetáculos – 8.660 pessoas. Adaptação do espaço a diferentes modelos de espetáculo, colocação de palco (central ou lateral) e moldura de público (que poderá ocupar a “arena” central ou não; ter mais ou menos lugares de bancada). 

Eventos desportivos – 5.580 pessoas. Por modalidade: Andebol, 4.908 lugares; Ténis, 5.244 lugares; Basquetebol e Voleibol, 5.580 lugares.

Congressos e seminários – 4.727 pessoas. Adaptação para formação de uma ou mais salas de reunião e sala de refeições.

Feiras e exposições – 2.370 metros quadrados de área livre.

 

Formação do consórcio “Porto Cem Porcento Porto”

Lucios / Grupo Azevedos – engenharia e construção

PEV Entertainment promoção e organização de eventos

Oliveira Santos Consultores – organização de eventos

Projeto de arquitetura: FAA Arquitetos

Pontos de Interesse