O retábulo novecentista da capela do Palacete Araújo Porto é tema de conversas e histórias que uma especialista em conservação e restauro e uma historiadora vão desenrolar na sessão deste sábado, dia 13, de “Um Objeto e seus Discursos por Semana”, com início às 18 horas.
O palacete, situado na Rua de Joaquim Vasconcelos (entre o Largo da Paz e a Escola Secundária Rodrigues de Freitas), passou a acolher em novembro último os Serviços Partilhados e Corporativos da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), anteriormente instalados na Rua das Flores, e ganhou recentemente o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana.
A sessão que a Câmara do Porto promove constitui, por isso, a primeira oportunidade para muitos portuenses saciarem a curiosidade sobre o imóvel, onde funcionou uma instituição de cuidados a surdos-mudos.
Um dos pontos mais interessantes é o retábulo ali existente, de inspiração neoclássica mas com elementos de outros estilos, que sugere um trabalho executado em etapas com diferentes madeiras e douramentos, provavelmente uma reunião de talha de distintas proveniências.
O provedor da SCMP, António Tavares, acedeu a abrir as portas do edifício ao ciclo “Um Objeto e seus Discursos por Semana” que semanalmente redescobre o património material e imaterial da cidade.
António Tavares será mesmo o anfitrião da conversa em que participam a conservadora e restauradora Eulália Subtil, especialista em talha dourada que opinará sobre a análise do retábulo, e a historiadora Maximina Girão, que narrará os usos do Palacete Araújo Porto.
A programação completa do ciclo “Um Objeto e seus Discursos por Semana”, cujas iniciativas são de acesso gratuito mediante levantamento de bilhete, está disponível no site www.umobjetoeseusdiscursos.com.