O património ferroviário integra-se no âmbito das novas tipologias patrimoniais, que tiveram notoriedade, fundamentalmente, a seguir à Segunda Guerra Mundial.
Não podendo estar desvinculado de um forte cunho tecnológico e industrial, o património ferroviário integra componentes de natureza artística e paisagística, sendo muitas vezes conhecido, exclusivamente, por estes valores, ficando secundarizada a função de circulação, por exemplo.
De modo a aprofundar o conhecimento sobre o património ferroviário nacional, para além do que se encontra classificado, caso de algumas estações, como a do Rossio, a do Cais-do-Sodré ou a de S. Bento, por exemplo, a DGPC estabeleceu um protocolo de colaboração (julho de 2016) Infraestruturas de Portugal S.A., com o objetivo primeiro de realizar um inventário relacionado com este património.
Procuraram as duas instituições dar continuidade a um programa de trabalho já iniciado (SIPA), reforçando a necessidade de conhecer a diversidade inerente a esta tipologia patrimonial, procurando-se registar o vasto património de infraestruturas de transportes ferroviários, bem como de património integrado e móvel, existente no nosso país.
Encontrando-se disponíveis mais de uma centena de registos referente inventário no sistema de informação SIPA, veio este protocolo permitir uma atualização da informação e de novos registos referentes às estações ferroviárias de: Torre da Gadanha (distrito de Évora); Montemor-o-Novo (distrito de Évora); Castelo de Vide (distrito de Portalegre); Marvão – Beirã (distrito de Portalegre); de Mafra (distrito de Lisboa), entre outras.