
Pedro Calado disse que “é vergonhoso” o Estado estar a passar a imagem de que “o madeirense é que está a gastar dinheiro do erário público português em passagens aéreas”.
À margem da visita feita às instalações do grupo ‘Vidinha’, na Zona Franca Industrial, no Caniçal, o vice-presidente do Governo Regional reagiu à notícia de que o Estado gastou 200 milhões de euros com subsídio de mobilidade das ilhas, afirmando que é “lamentável” estar a ser feita uma “campanha a nível nacional” para denegrir a imagem dos ilhéus. “Deviam ser explicados que estes 200 milhões de euros têm sido utilizados para financiar duas companhias aéreas, a TAP e a SATA, isso sim é que é grave”, referiu, acrescentando que estão a “utilizar o madeirense e o açoriano para camuflar um financiamento directo a essas companhias áreas”.
“Um irrealismo e desrespeito pelos madeirenses” que, no seu entender, se torna ainda mais grave quando, a nível nacional, ainda este ano, foram abertos concursos públicos para os metropolitanos de Lisboa e do Porto e para outras companhias de transporte “superiores a 580 milhões”. “E ficam preocupados porque há um princípio de continuidade territorial assegurado que é um direito e um dever que deve ser constitucionalmente protegido para o madeirense, que é assegurar o transporte aéreo da Madeira para o continente. Estas perguntas é que devem ser feitas e o Estado português deve saber explicar”, frisou, realçando que “o madeirense não é um português de segunda” e tem “os mesmos direitos do que um continental”.
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