Henrique Afonso chegou esta madrugada ao arquipélago de Vanuatu, mais concretamente à ilha de Espiritu Santo. O ‘pirata’ da Madeira havia partido a 22 de Setembro (domingo) da ilha de Samoa e levou cerca de 11 dias para ancorar no destino traçado, ligeira demora que se deveu às condições adversas que enfrentou em pleno Oceano Pacífico.
“Foi uma viagem bastante dura. [O mar] Esteve calmo durante dois ou três dias e, de repente, tornou-se bastante forte com ondas agressivas, potentes, que batiam muito forte no casco e galgavam o barco. Tive bastantes problemas, especialmente com o meu piloto automático… depois o piloto de vento não aguentava, porque as ondas eram muito grandes e o barco balançava de um lado e para outro. Ainda tentei usar o meu piloto eléctrico, mas estragou. Tenho de o arranjar, mas a verdade é que nestas ilhas não existem muitas coisas para barcos. São ilhas que nem marinas têm… mas à parte disso foi uma viagem fantástica”, explicou Henrique Afonso, que à chegada ainda teve de enfrentar um outro desafio.
“Consegui chegar às 7 da manhã, bem cedo, mas foi um pouco perigoso, porque passei a meio de algumas ilhas que não têm farol. Só a ilha principal de Vanuatu é que tem farol. Não há sinalização e naveguei às escuras. Ainda bem que o programa de navegação do barco é bastante bom”, referiu o madeirense que está a dar a volta ao Mundo no veleiro ‘Sofia do Mar’.
Já sobre a ilha de Espiritu Santo, Henrique Afonso diz que “é fantástica e está cheia de gente maravilhosa”, onde existe “muita pobreza e muito lixo na rua, mas as pessoas estão sempre a sorrir”.
“Estou a gostar muito desta ilha. O próximo destino… ainda não sei para onde vou. Vou passar por mais uma ou duas ilhas do arquipélago e depois sigo viagem. Estou atrasado, porque os ciclones no Índico começam a partir do dia 15 de Novembro e tenho de tentar chegar à Indonésia antes disso”, mencionou.
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