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Plano de Contingência: “Precisamos de todos os hotéis e algum alojamento local”

O Plano de Contingência do Aeroporto da Madeira, para acudir aos condicionalismos de operacionalidade que aquela infra-estrutura apresenta, deixando milhares de passageiros em terra nas situações mais extremas, carece que um teste a sério, o que deverá acontecer nos próximos dias ou semanas. Mas também admite que “precisamos que todos os hotéis estejam registados na plataforma InMadeira e, ainda, algum alojamento local” de maior capacidade.

Avaliação é do empresário e presidente da Mesa da Secção de Hotelaria da ACIF-CCIM, Roland Bachmeier, que salienta que todos os parceiros já fizeram “o início do trabalho”, o que já é um bom princípio e revelador da importância desta iniciativa. “Agora o que falta é fazer testes, como ficou combinado”, aponta.

Da parte da hotelaria, frisa, foi criado um site, o referido InMadeira, nomeadamente através do sistema ‘Hotel Bank’, em que “introduzimos os nossos quartos vagos e, depois, as companhias têm acesso directo à oferta disponível” em caso de necessidade. “Isto implica uma situação de coordenação para que nas horas em que ocorrem os constrangimentos, possa funcionar. Mas há várias implicações e isso tem de ser testado antes, como ocorre nos exercícios de protecção civil, para ver se tudo funciona bem”.

Acredita que tal poderá ocorrer nos próximos dias ou nas próximas semanas, “porque não basta ter as peças todas juntas, temos de testar, se está funcional e ver onde estão os erros, para depois afinar. O importante é que já temos uma plataforma a funcionar, pois se nunca fizéssemos nada nunca poderíamos melhorar o sistema”, acredita Roland Bachmeier. E admite: “Na prática ainda não foi testado, porque temos à volta de 167 hotéis na Madeira e ainda nem todos estão registados. Na semana passada ainda faltavam mais de 60 hotéis estarem registados, mas já foram chamados à atenção e começam a entrar no sistema. Precisamos de todos os hotéis inscritos, é essencial. Precisamos de todas as camas e, provavelmente, teremos de introduzir algumas situações de alojamento local ou pensões que não estão na componente hoteleira”.

Esta necessidade de ter toda a disponibilidade de camas e complementada com a crescente oferta do alojamento local, diz Roland Bachmeier, deve-se ao facto de, por exemplo às segundas-feiras, se só de Inglaterra movimentam-se 1.800 passageiros, mais 1.000 só da Tap, “de um momento para o outro juntam-se dois, três, quatro ou cinco mil pessoas impedidas de viajar”, o que significa que podem ser precisas muitas camas disponíveis, quando a oferta é de até 31 mil camas pode atingir até 30% a 40% da nossa capacidade”, adverte. “Importa é diminuir o impacto de um possível constrangimento no aeroporto”.

Refira-se uma das noticias de destaque da edição impressa do DIÁRIO desta quinta-feira, frisamos que “o Governo Regional desfaz dúvidas e críticas e assume que o Plano de Contingência do Aeroporto da Madeira já está em funcionamento e foi activado nalgumas ocasiões, sendo que a primeira ocorreu em 28 de Dezembro de 2018. Foi novamente accionado no dia 21 de Abril, na sequência de tempo adverso”. Aliás a secretária regional do Turismo vai mais longe e afirma que o plano está a “corresponder às expectativas”, ainda que ressalve que se trata se trata de uma “base de trabalho sujeita a à evolução”, disse Paula Cabaço.

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