O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje, na Horta, que o Plano e Orçamento para 2019 confirma que a Agricultura é uma prioridade para o Governo dos Açores, ao assegurar mais verbas para investimento e avançar com novas propostas, que permitirão prosseguir o trabalho de desenvolvimento de um setor estratégico para a economia regional.
“O Plano para 2019, com uma dotação de 62 milhões de euros, confirma que a Agricultura é uma prioridade para o Governo dos Açores. É um bom Plano, com mais investimento público, útil ao setor agrícola e reforçará a confiança dos agricultores. É um Plano que apresenta novas medidas, melhores propostas e boas soluções ao que ainda tem que ser feito pelos agricultores e pela agroindústria”, salientou João Ponte, que falava na Assembleia Legislativa, no âmbito da discussão das propostas de Plano e Orçamento para o próximo ano.
O governante destacou que a ambição do Governo dos Açores é “querer fazer sempre mais e melhor” na procura dos melhores resultados, daí que o setor esteja atualmente “mais robusto e gere mais rendimentos”.
João Ponte salientou que, nos últimos dois anos, houve uma retoma dos principais indicadores, pois a produção de leite cresceu 4%, a produtividade média das explorações aumentou 8%, o preço médio pago ao produtor recuperou 10% e a receita direta da produção de leite aumentou 12%.
Também ao nível da fileira da carne, o Secretário Regional indicou que a exportação de bovinos cresceu nos últimos dois anos 10% e nos últimos 10 meses atingiu os 20%, tudo isso com uma recuperação real do preço pago ao produtor.
“Nunca houve milagres na Agricultura dos Açores. Prova-o a História e o trabalho multisecular do nosso Povo”, frisou João Ponte, acrescentando que o que houve sempre foi agricultores que nunca baixaram os braços aos desafios e que contribuem para o sucesso dos Açores e da sua agricultura.
Neste percurso feito em estreita articulação com os agricultores, associações representativas, cooperativas e agroindústria, João Ponte disse que foi possível “ajustar as políticas às necessidades dos agricultores e dar respostas concretas a múltiplos desafios”, tendo permitido aprovar 314 projetos de modernização das explorações e da agroindústria, mais 65 jovens agricultores iniciaram atividade e a rede regional de abate foi modernizada, num investimento de 15 milhões de euros.
Por outro lado, foram aprovados 235 projetos para reconversão de 350 hectares de vinha, a diversificação agrícola cresceu 25%, ao mesmo tempo que foi reforçada em 20% a dotação da respetiva ajuda no POSEI e construídos mais de 70 quilómetros de caminhos agrícolas, 680 explorações tiveram acesso a água e 44 a energia elétrica.
Na sua intervenção, o Secretário Regional da Agricultura adiantou que o investimento em infraestruturas agrícolas vai crescer 9% no próximo ano, permitindo remodelar 58 quilómetros de caminhos agrícolas, construir 27 quilómetros de redes de abastecimento de água e eletrificar mais 40 salas de ordenha, possibilitando alargar os 40% de leite já refrigerado nas explorações na Região, com impacto muito positivo no rendimento dos produtores.
“Aprofundado o desafio da qualidade, temos que concentrar as nossas energias nos mercados. Estar atentos às tendências de consumo, apostar na inovação, potenciar e transformar em oportunidades a sustentabilidade ambiental, lançando produtos diferenciados com mais valor acrescentado. Estes são objetivos permanentes, em que todos nos devemos empenhar para alcançar”, frisou.
Em 2019, o governante garantiu que será concluído o Plano Estratégico dos Lacticínios dos Açores, uma ferramenta importante para reforçar a promoção e a comercialização dos produtos lácteos, intensificando a exportação.
A este nível, o Centro Açoriano de Leite e Lacticínios (CALL) levará a cabo ações de promoção no Canadá, concluirá o estudo comparativo do leite dos Açores e o processo de reconhecimento da qualidade da manteiga regional como produto de Denominação de Origem Protegida (DOP).
“Continuaremos a trabalhar até ao limite das nossas capacidades e das nossas competências pelo progresso da Agricultura nos Açores e para dar boas respostas aos anseios dos agricultores e da sociedade açoriana”, assegurou João Ponte.
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