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Porto apresenta em maio o Mapa de Arte Pública que vai levar à descoberta de novos trajetos pela cidade

Rui Moreira anunciou hoje que vai lançar em maio o Mapa de Arte Pública da cidade do Porto, que estrutura os vários trajetos iniciados com o painel de Fernando Lanhas, inaugurado em fevereiro de 2015, no Túnel da Ribeira, e onde se incluem várias outras obras de diferentes artistas.

A revelação foi feita hoje pelo presidente da Câmara durante uma sessão sobre a temática, na Fábrica Social/Fundação José Rodrigues, tendo Rui Moreira aproveitado para recordar os Programas de Arte Pública e de Arte Urbana levantados nos últimos três anos através do Pelouro da Cultura e da empresa municipal Porto Lazer, respetivamente.

“Avançámos com passos seguros e na direção certa, convocando pela primeira vez os artistas da cidade”, declarou o presidente, recordando que, neste domínio, foram já apoiados 53 projetos dos mais variados setores artísticos.

Além de Fernando Lanhas, o roteiro portuense de arte pública inclui a obra de João Louro “Dead End 15”, da série “Highway Painels”, em torno da obra poética de Sophia de Mello Breyner Andresen; “Kneaded Memory/Memória Amassada”, da artista plástica Dalila Gonçalves; “O Meu Sangue é o Vosso Sangue”, de Rui Chafes; “Três metáforas de árvores para uma árvore verdadeira”, de  Alberto Carneiro; além de outras já pré-existentes na cidade, como a escultura de Ângelo de Sousa na Avenida da Boavista e o conjunto de Juan Muñoz na Cordoaria.
 
Com este patamar alcançado, Rui Moreira considera estar na altura de apresentar o Mapa de Arte Pública que “permitirá descobrir novos trajetos no Porto, ao mesmo tempo que se reativa o nosso património”.
 
O presidente da Câmara não deixou de reconhecer, e afirmar até, o caráter eventualmente polémico da arte, sobretudo “quando se manifesta em espaço público”. Lembrou mesmo a reação profundamente adversa que a instalação da Torre Eiffel suscitou na sociedade parisiense, em 1889, quando Gustave Eiffel a levantou para assinalar a Exposição Universal no centenário da revolução francesa.

O mesmo sentimento afeta a chamada street art, ou graffiti, uma tendência já muito representada nas paredes da Fábrica Social/Fundação José Rodrigues, como testemunharam demoradamente os participantes no evento desta tarde.

 
Assim, Rui Moreira defendeu que a instalação de arte pública “exige ponderação e até negociação, mas sem limitar, sem disciplinar a criatividade ou a espontaneidade”, pelo que é de esperar que prossiga a tendência de multiplicação de obras pela cidade, com particular ênfase na zona histórica.
 
O Mapa de Arte Pública, que será disponibilizado em locais como os postos de turismo, o aeroporto e outros pontos estratégicos, traduzirá a ideia preconizada por Paulo Cunha e Silva da “cidade como um museu a céu aberto”.

 

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