O Porto “cumpre todos os requisitos” para receber a Agência Europeia do Medicamento (EMA), designadamente um que “é prioritário” para a União Europeia: “a descentralização”.
Nas primeiras declarações de Eurico Castro Alves após a sua nomeação formal como um dos representantes do Município na Comissão Nacional de Candidatura à EMA, hoje aprovada em reunião extraordinária do Executivo, o ex-administrador da Agência disse ainda que a cidade já identificou vários edifícios que poderão receber a estrutura – existem, aliás, “inúmeras” alternativas.
Afirmando-se convicto de que o Porto é “a cidade portuguesa mais bem colocada”, Eurico Castro Alves frisou que, agora, “há muito trabalho para fazer, e não só pelo Porto”. Afinal, “esta é uma candidatura de uma região e de um país, portanto toda a gente tem de pôr mãos à obra”.
Além de Eurico Castro Alves, foi também nomeado como representante do Município na Comissão Nacional o vereador Ricardo Valente. Serão os dois responsáveis, agora, a falar sobre o assunto, quis deixar claro o presidente da Câmara do Porto.
Sem avançar, por isso, muito mais sobre esta temática, Rui Moreira destacou apenas que os argumentos que o Porto tem para receber a EMA “são muito fortes”.
“Quando escrevi a carta ao senhor Primeiro-Ministro, no início de maio, e não conhecendo os termos da resolução do Conselho de Ministros, já nessa altura aventava que valia a pena considerar os argumentos que o Porto tem”, lembrou o autarca.
De resto, Rui Moreira mostrou-se satisfeito por, no que toca a esta matéria, o Executivo que lidera ter conseguido votar “por unanimidade, mais uma vez, uma proposta” que gera consenso local sobre a candidatura à EMA.
Ricardo Valente, por seu turno, destacou que o Porto “não tem que reivindicar, mas sim mostrar à Comissão Nacional de Candidatura que tem melhores condições que a cidade de Lisboa para apresentar uma candidatura vencedora”.
Aliás, “nunca foi o nosso papel reivindicar, mas sim pormo-nos numa situação de igualdade. Essa situação foi atendida e bem pelo Governo, pelo que fazemos agora parte de uma Comissão Nacional”.
Os dois representantes agora nomeados deverão envolver ativamente no processo todas as instituições relevantes da cidade, regionais e transregionais, designadamente as que constavam da proposta aprovada na última reunião de Câmara.