Posicionar o Porto como cidade precursora na implantação de coberturas verdes, renovando a paisagem urbana, é a estratégia urbanística e ambiental assumida pela autarquia.
A Praça de Lisboa ou a Estação da Trindade são exemplos de intervenção com esta vertente, e que se pretende implementar noutros espaços e infraestruturas, como é o caso do futuro Terminal Intermodal de Campanhã, incluído na Área de Reabilitação Urbana de Campanhã.
Neste contexto, a Câmara tem em curso o Projeto Quinto Alçado, com a Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV), que envolve grupos de diferentes instituições do ensino superior e municípios como Londres e Linz, referências internacionais nesta área. Lançado em julho de 2016, o projeto tem por objetivo definir um modelo para o desenvolvimento de infraestruturas verdes, designadamente ao nível de coberturas, e avaliar o seu impacto e benefícios para a cidade.
De acordo com Filipe Araújo, vereador do Ambiente da autarquia, a intenção é “potenciar as coberturas ou fachadas verdes ao nível do planeamento da cidade, incluindo os projetos municipais”. Esta componente, destaca a ANCV, é cada vez mais crucial na criação de territórios urbanos “saudáveis, sustentáveis, biodiversos e resilientes”.
E o certo é que, no âmbito do processo que está em curso, o Porto já está a ganhar notoriedade além-fronteiras pelo modo como está a desenhar esta estratégia. O “Quinto Alçado” foi reconhecido – pela qualidade da metodologia e do processo que está a ser desenvolvido – no congresso “Green Infrastructure: Nature Based Solutions for Sustainable and Resilient Cities”, realizado em Orvieto, Itália. No encontro, que reuniu mais de 400 especialistas de todo o mundo, um júri internacional premiou o póster de exposição do projeto portuense apresentado pela ANCV, considerando-o o melhor entre 90 selecionados.