Após entregar formalmente a composição do XIII Governo Regional da Madeira, o presidente indigitado Miguel Albuquerque respondeu aos jornalistas (quase) todas as dúvidas que levaram a este momento, inclusive a coligação que o PSD vai formar na Assembleia Legislativa e no Governo, onde o CDS terá dois secretários regionais.
A maior de todas as dúvidas, o processo que levou à nomeação do presidente do CDS para a Presidência da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, Miguel Albuquerque nega que tenha sido chantageado por José Manuel Rodrigues, frisando que a opção foi para assegurar comprometimento total dos centristas com a governação nos próximos quatro anos, garantindo assim estabilidade governativa.
O líder do PSD também garantiu que vozes discordantes dentro do partido perante esta opção inédita são normais, mas deixou claro que não haverá dúvidas amanhã quando for a eleição da mesa da Assembleia. Inclusive, elogiou o presidente cessante Tranquada Gomes, que chegou a propôr esta solução para garantir estabilidade na governação.
Miguel Albuquerque ainda respondeu a várias dúvidas sobre a composição do Governo, nomeadamente a entrega das pastas do Porto Santo ao seu vice-presidente, ficando a Presidência a assumir a pasta das Comunidades e Assuntos Europeus, a divisão dos Transportes para três governantes, justificando cada uma delas com as opções estratégicas que pretende para o futuro, terminando na não recondução de três secretários que tinham entrado há dois anos e a recuperação de outro secretário, que saíra na altura, garantindo que Eduardo Jesus é a pessoa certa para fazer o que é preciso no Turismo.
O presidente indigitado foi recebido no Palácio de São Lourenço pelo Representante da República na Madeira, Ireneu Barreto que acredita que esta solução trará a estabilidade desejada e a confiança que é preciso para ser governo.