O Presidente do Governo afirmou hoje que a questão ambiental, resultante da presença das forças militares norte-americanas na Base das Lajes, necessita de ser resolvida, um processo que ganhou um novo impulso com a entrada em funções do novo Embaixador dos Estados Unidos em Portugal.
“É fundamental, em primeiro lugar, resolver a situação ambiental que se verifica na ilha Terceira e que deriva da presença norte-americana na Base das Lajes”, salientou Vasco Cordeiro, que recebeu, em audiência, o Embaixador George Glass.
Após o encontro, que decorreu no Palácio de Santana, em Ponta Delgada, o Presidente do Governo considerou que este processo ganhou um novo impulso, mais proativo e mais diligente, desde a entrada em funções do Embaixador dos EUA em Portugal e, também, do novo Comandante do 65th Air Base Group, Coronel Peter Feng.
Em declarações aos jornalistas, Vasco Cordeiro considerou que a preocupação principal do Governo dos Açores tem a ver com as questões de saúde pública, razão pela qual tem recorrido à monitorização técnica, através do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
“Constatamos que há trabalho que está a ser feito pelos EUA. Nós, naturalmente, que consideramos isso positivo, mas isso não invalida o objetivo final de resolver a situação”, frisou Vasco Cordeiro, ao adiantar que, até ao momento, os relatórios técnicos do LNEC indicam que a situação se coloca ao nível ambiental.
“Todos os dados que temos até este momento comprovam que a situação está a este nível, não está ao nível de risco para a saúde pública, mas isso não quer dizer que o assunto não necessite de ser resolvido”, assegurou.
Vasco Cordeiro reafirmou ainda que o Governo dos Açores espera que, até à próxima reunião da Comissão Bilateral Permanente ou até ao final do primeiro semestre, consoante o que ocorrer primeiro, existam resultados e evidências concretas quanto ao trabalho que está a ser feito pelos Estados Unidos.
Sobre a criação de novas valências no porto oceânico da Praia da Vitória, o Presidente do Governo adiantou que o Executivo regional, no trabalho e nos projetos em que tem estado envolvido, desde a primeira hora que considera que este é o local ideal, pelas suas caraterísticas, para a instalação de infraestruturas ligadas ao gás natural liquefeito (GNL).
“O facto de os Estados Unidos considerarem que esta é uma matéria relevante e que oferece oportunidades é também positivo, porque vem reforçar a importância que atribuímos a este assunto e traz mais um parceiro para este processo. Esta é, a concretizar-se, uma oportunidade de desenvolvimento económico e que reforça a componente estratégica dos Açores”, salientou Vasco Cordeiro.
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