Os Açores produziram no ano passado 611 milhões de litros de leite, um recorde numa das mais importantes fileiras agropecuárias do arquipélago, o que representa um crescimento de 1,32% face a 2016, informou hoje a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.
A produção em 2017 cresceu quase oito milhões de litros de leite relativamente a 2016, ano em que atingiu 602 milhões de litros.
Em 2015, os Açores produziram 609 milhões de litros de leite, valor considerado até agora histórico.
As ilhas onde se registou maior aumento de produção em 2017 foram São Miguel, com 2,26%, Pico, com 0,48%, e Terceira, com 0,33%.
Há 20 anos, a produção de leite nos Açores era de 397 milhões, menos do que hoje se produz só na ilha de São Miguel, que, em 2017, foi responsável pela produção de 402 milhões de litros de leite.
“Estes resultados são fruto dos investimentos que o Governo Regional e os produtores têm feito ao nível da modernização e melhoria das condições das explorações (água, luz e acessibilidades), da aposta na melhoria genética e no bem-estar animal, entre outros”, afirmou o Secretário Regional.
Por outro lado, João Ponte salientou que as condições meteorológicas também foram favoráveis em 2017, bem como a tendência de crescimento do preço do leite praticado na Região e nos mercados internacionais.
Em dezembro, o preço médio pago ao produtor nos Açores foi de 30 cêntimos, face aos 27,8 pagos no mesmo mês de 2016, o que se traduz numa variação positiva de 7,6%.
De notar que estes são valores médios, pois há produtores a receber valores superiores em virtude do valor pago pelas diferentes indústrias, das caraterísticas organoléticas do leite entregue nas fábricas (teor de gordura e proteína) e da refrigeração, entre outros fatores.
Apesar dos desafios que há ainda para vencer, o setor leiteiro na Região continua a crescer e ser um dos principais motores da economia açoriana.
“É preciso que a indústria continue a apostar cada vez mais na inovação e na notoriedade do leite e derivados para com isso conquistar novos mercados, que sejam capazes de valorizar os nossos produtos lácteos. Só assim é possível aumentar o rendimento dos agricultores e de toda a fileira”, frisou João Ponte.