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Programa pioneiro de prevenção de comportamentos de risco começa a ser implementado nas escolas em setembro

A Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências anunciou, ontem, que o programa “Prevenir em Família e na Comunidade”, começa a ser implementado no próximo ano letivo em três turmas do 1º ciclo.

 

“Neste momento estão todos os instrumentos preparados, o passo seguinte é a implementação das sessões aos pais e às crianças e para isso estamos a estabelecer parcerias com outras entidades, incluindo instituições particulares de solidariedade social” realçou.

 

Suzete Frias, que falava à margem de uma reunião com a Direção da Cáritas, explicou que numa primeira fase o programa será dirigido a turmas vulneráveis com um projeto piloto que inclui 14 sessões.

 

O programa “Prevenir em Família e na Comunidade “que consiste na adaptação à Região, do Programa de Competências Familiares, adaptado para a realidade espanhola, pela Universidade das Ilhas Baleares, e para a realidade portuguesa, pelo CEIFAC, Centro Integrado de Apoio Familiar de Coimbra e Universidade de Coimbra, visa fortalecer os fatores protetores na família e diminuir os de risco.

 

Trata-se de um projeto de competências parentais que num primeiro módulo, abrange crianças dos 7 aos 11 anos, sendo uma iniciativa pioneira no país, já referenciada como uma estratégia eficaz de prevenção do uso e abuso de drogas, por parte da União Europeia.

 

“A novidade deste projeto é a existência de sessões em conjunto, onde são experimentadas todas as competências e todos os conteúdos no reforço que é dado à vinculação, às relações entre os membros da família” adiantou Suzete Frias.

 

Em setembro, do ano passado, foram iniciadas ações de formação ministradas pelo Professor Luís Ballester, da Universidade das Ilhas Baleares, destinadas a profissionais de saúde, da área da solidariedade social, da educação e das instituições particulares de solidariedade social.

 

A Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências, em conjunto com a Direção Geral de Reinserção Social, definiu três territórios vulneráveis, onde esta iniciativa será implementada, dois em São Miguel e um na Terceira.

 

“O objetivo da direção regional é, mais do que tratar, ir a montante promover os fatores protetores. Em linguagem de saúde são as vacinas que protegem estas crianças, promovendo os fatores protetores e diminuindo os fatores de risco, ou seja, os vírus que nos pudessem tornar vulneráveis” explicou a governante.

 

Suzete Frias revelou que este programa, enquadrado no Plano de Ação dos Problemas Ligados ao Álcool, após os resultados do projeto experimental, será implementado em todo o território regional.

 

“Temos também planeado em parceria com as Universidades dos Açores e do Porto e com a Universidade das Ilhas Baleares, adaptarmos 5 sessões de prevenção universal para todas a crianças para estabelecer essa tal relação e esse tal vínculo entre os elementos da família” frisou.

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