A Diretora Regional de Prevenção e Combate às Dependências defendeu hoje, em Ponta Delgada, o fomento da rotina do pequeno-almoço junto das crianças como forma de obter ganhos em saúde.
“As crianças que tomam todos os dias o seu pequeno-almoço tendem a ter uma alimentação mais saudável e são mais propensas a participar em atividades físicas, duas excelentes medidas de manutenção de um peso saudável”, salientou Suzete Frias.
A Diretora Regional, que falava na Escola EB1/JI Alexandre Linhares Furtado, na apresentação do projeto ‘O Clube do Pequeno-Almoço’, da Equipa de Saúde Escolar e Serviço de Nutrição da USI de São Miguel, lembrou que esta refeição é considerada a mais importante do dia.
“O que se come ao pequeno-almoço é crucial. A escolha de alimentos ricos em grãos integrais, fibras e proteínas, com baixo teor de açúcar, aumenta a atenção, a concentração e a memória das crianças, funções necessárias a um bom rendimento escolar”, frisou.
A Diretora Regional referiu ainda que o pequeno-almoço ajuda a restaurar os níveis de glicose, um hidrato de carbono essencial ao bom funcionamento cerebral, sustentando ainda que o pequeno-almoço contribui para a regulação do humor e para a diminuição de níveis de stress.
Este é o primeiro de mais de uma centena de pequenos-almoços que vão decorrer nas escolas da ilha de São Miguel, numa iniciativa que marca o início do projeto ‘O Clube do Pequeno-Almoço’ e que se desenvolve durante a primeira quinzena de dezembro.
“A Equipa de Saúde Escolar da USISM, ao implementar este projeto, teve em consideração os resultados do Sistema de Vigilância de Comportamentos de Risco 2016-2017, que elegeu a alimentação saudável como tema obrigatório a ser desenvolvido pela Saúde Escolar”, afirmou a Diretora Regional.
O ‘Clube do Pequeno-Almoço’ enquadra-se também no Programa Regional de Promoção para a Alimentação Saudável, que tem nos jovens um dos seus principais alvos de atuação.
A ação, que conta com o apoio das autarquias, propõe a realização de dois pequenos-almoços exemplificativos por trimestre, envolvendo, além das crianças, a comunidade docente e não docente, e os pais dos alunos do pré-escolar.
“Este projeto procura assegurar que os pais e encarregados de educação aumentem a literacia em saúde, recebendo informação correta sobre os alimentos”, salientou Suzete Frias.
O excesso de peso infantil atinge 32,5% das crianças e adolescentes açorianas.
O aumento do consumo de alimentos de elevada densidade energética, como as bebidas açucaradas, é apontado como uma das principais causas desta problemática.
O Programa Regional para a Alimentação Saudável tem como uma das suas estratégias, no que diz respeito à alimentação, atividade física e saúde, recomendar o aumento do consumo de fruta e produtos hortícolas e reforçar a importância do pequeno-almoço.
A Diretora Regional frisou que “há estudos que revelam que a prática diária de um pequeno-almoço equilibrado, para além de ser uma medida importante de combate à obesidade, tem outros benefícios em saúde a longo prazo, como a redução da hipertensão, doenças cardíacas e diabetes”.