É verdade que a data se assinala penas esta terça-feira, 28 de março, mas no Porto, como em muitas cidades do país comcentro histórico – e são já mais de uma centena -, a celebração do Dia Nacional dos Centros Históricos decorreu já este sábado, com um vastíssimo programa de atividades que levou milhares de pessoas a percorrer, e nalguns casos descobrir, a zona mais histórica do Porto.
O dia, é certo, até esteve muito pouco convidativo a passeios e a celebrações em espaço aberto, mas nem por isso ofrenesim foi menor, com praticamente todas as visitas guiadas, tanto as que se realizar no exterior, como no interior dos muitos edifícios que se associaram aesta festa, a terem lotação esgotada.
Felizmente, não faltavam alternativas e quase todas próximas umas das outras. O difícil, por vezes, era mesmo escolher uma de entre tantas atividades que decorriam praticamente em simultâneo. Espreitava-se, às vezes entrava-se. Ou prosseguia-se o caminho, na certeza de que havia muito para ver e fazer ao longo do dia.
Passeios a pé pelo traçado da Muralha Fernandina, viagens teatrais pelo miolo do Centro Histórico, percursos encantados que contavam a História do Porto a crianças, concertos de música medieval junto aos Clérigos, espetáculos de novo circo no Miradouro da Sé, mercados urbanos, oficinas de pintura, mas também outras propostas mais curiosas, como a construção de duas muralhas, feitas com cordas de roupa e camisas brancas, que culminou numa performance colaborativa em pleno Terreiro da Sé.
O dia proporcionou, também, a visita a espaços menos conhecidos, e até inusitados, da Zona Histórica, commais de três dezenas de entidades a associarem-se ao evento e abrirem as portas dos seus espaços para receberem os visitantes.
Entre igrejas, farmácias,mosteiros, teatros, palácios, museus, institutos e universidades, não faltaram convites para conhecer ou redescobrir algumas das singularidades que habitam e fazem parte da história do Porto.
Mas porque festejar o Dia Nacional dos Centros Históricos é, também, assinalar os 20 anos desde aclassificação do Centro Histórico do Porto como Património Cultural da Humanidade,o projeto Alumia associou-se também a esta data, inaugurando um novo percurso de luz às novas instalações artísticas selecionadas a partir da Convocatória Aberta lançada em dezembro último.
Aqui, claro está, a sugestão é para um passeio guiado noturno, que parte do Largo dos Lóios, prossegue pela Cordoaria, passa pelo Passeio das Virtudes e só termina nas Escadarias da Vitória. As visitas guiadas, três por dia (às 19,20,30 e 21,30 horas), decorrem até à próxima terça-feira, 28 de março. São gratuitas, mas requerem inscrição prévia através do email alumiaservicoeducativo@gmail.com.