São vários os fatores que tornam única a prova marcada para os dias 2 e 3 de setembro. O traçado onde os aviões da Red Bull Air Race vão disputar asexta etapa do campeonato está desenhado sobre o rioDouro, entre as margens de Porto e Gaia, o que marca desde logo uma dasprincipais diferenças e um dos seus maiores atrativos: a proximidade dopúblico. Os espectadores têm aqui a possibilidade de estar muito mais perto daação, em comparação com qualquer outra pista da competição.

Tal proximidade leva a que no percurso não existam curvas denível, ou seja, praticamente não há mudanças de direção sensíveis, além dastrês inversões de sentido através da chamada manobra “meiooito-cubano”. Estas características tornam o traçado do Porto num dos maisrápidos que os pilotos vão defrontar durante a época.

O regulamento limita a entrada em prova aos 180 nós develocidade, o que corresponde a 333,4 km/h. Com este arranque, os pilotos vãoabordar o primeiro pórtico, e logo de imediato os obstáculos que compõem a”chicane”, a uma velocidade muito elevada, o que implica uma enormeconcentração e uma necessidade de eficácia total nas manobras. Qualquer perdade tempo se pagará de forma exponencial no restante percurso.

A passagem nivelada nas balizas, compostas por pilaresduplos, são pontos teoricamente mais simples de cumprir. Mas a elevadavelocidade média leva a que em cada manobra de inversão, com um limiteregulamentar imposto de 10 G’s de força gravitacional, os pilotos necessitem decalcular de forma rigorosa o ângulo de mudança de direção, num delicadocompromisso entre raio de viragem e forças centrífugas. Uma falha poderapidamente resultar numa penalização de tempo (por excederem os limites) ou entãoem raios mais amplos, que provocarão atrasos nefastos para quem almeja vencersobre as águas do Douro.

Consensual para todos os envolvidos é que a etapa nacional éuma das mais belas do campeonato e uma das que maior número de espectadoresatrai. Preparem-se para assistir à luta de titãs nos céus da Invicta.