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Regional Government prepares 3rd Regional Plan for Prevention and Combat to Domestic and Gender Violence

O Governo dos Açores encontra-se a preparar o III Plano Regional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género (PRPCVDG), avançou hoje, em Ponta Delgada, a Secretária Regional da Solidariedade Social.

 

Andreia Cardoso, que falava na abertura do V Encontro Regional de Redes e Polos de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género, elegeu três grandes áreas de ação neste domínio, que passam pela “ação formativa”, pelo “trabalho articulado de um conjunto de áreas e instituições” e pela “monitorização do fenómeno”.

 

A Secretária Regional, que considerou a prevenção como “determinante”, realçou que, atualmente, nos Açores, “a questão da violência de género e doméstica não se varre para debaixo do tapete, aborda-se frontalmente”.

 

Nesse sentido, destacou o “esforço de conhecimento da realidade e de partilha do conhecimento”, num trabalho desenvolvido em conjunto, não apenas pelo Executivo regional, mas, sobretudo, por “todas as instituições, que se assumem como parceiras fundamentais”.

 

Andreia Cardoso frisou que foram atingidos vários objetivos no decorrer do II PRPCVDG, como o “alargamento do leque de parceiros, com o envolvimento de várias instituições, como as autarquias ou as associações desportivas e culturais”, e o “estabelecimento de um sistema de recolha de informação, através do qual as instituições estão a disponibilizar e carregar informação em plataforma eletrónica”, destacando a importância de existirem no arquipélago “respostas ao fenómeno da violência de género e doméstica”.

 

“É por haver estruturas de acolhimento e de acompanhamento que existe uma motivação extra para denunciar estes casos, porque há um acompanhamento subsequente. Todas as campanhas que fazemos para sensibilizar os Açorianos para este fenómeno têm permitido que haja cada vez mais denúncias e mais sinalizações de casos. Isso é positivo porque temos uma sociedade mais informada e mais consciente para esta realidade”, sublinhou a Secretária Regional.

 

Realçando a “grande preocupação com a monitorização do fenómeno”, para que os técnicos “conheçam a realidade e trabalhem sobre dados concretos”, Andreia Cardoso salientou o estudo recente, realizado pela Associação Novo Dia, que será brevemente divulgado, intitulado ‘Discriminações e Violências: Resultados do Inquérito aos Jovens Estudantes do Ensino Secundário e Profissional da RAA’.

 

Na sua intervenção adiantou, igualmente, que o Governo dos Açores irá avançar com dois novos estudos, nomeadamente o ‘Sistema de Informação e Monitorização em Rede do Fenómeno da Violência Doméstica’, que permitirá caraterizar as situações de violência doméstica acompanhadas pelas várias estruturas de apoio a vítimas nos Açores, e o ‘Inquérito à Violência de Género – Região Autónoma dos Açores’.

 

O primeiro será desenvolvido em colaboração com a Novo Dia – Associação para a Inclusão Social e com o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, enquanto o segundo consiste na réplica de um estudo realizado em 2009 e será desenvolvido sob coordenação de Manuel Lisboa, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

 

O V Encontro Regional de Redes e Polos de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género reúne, ao longo de dois dias, várias dezenas de técnicos de várias ilhas dos Açores, tendo como finalidade atualizar e adequar conhecimentos, partilhar boas práticas e promover a discussão técnica, numa componente teórico-prática, com ênfase nas problemáticas de violência doméstica, de género e da violência do namoro.

 

Nesse âmbito, serão reunidos e compilados contributos para a definição do III Plano Regional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género.

 

“É fundamental que todos estejamos sensibilizados para o problema da violência de género e doméstica, que nos afeta e que não queremos, de todo, esconder debaixo do tapete. Felizmente, nos Açores temos uma ação social próxima, temos uma rede de parceiros em todas as ilhas da Região, que contribuem para lidar e debelar esta questão. Contamos com todos”, afirmou Andreia Cardoso.

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