O Presidente do Governo defendeu, esta terça-feira, uma evolução na relação entre os Açores e os Estados Unidos da América para um cada vez mais relevante patamar económico, um objetivo que deve ser concretizado em parceria com as Comunidades Açorianas residentes neste país.
“Os dados do crescimento do turismo, assim como os valores de investimento norte-americano nos Açores, provam que é possível fazer avançar esta relação secular que temos com os Estados Unidos da América e, em especial, com os estados com maior presença açoriana, para um patamar económico cada vez mais relevante, apesar dos enormes desafios que ainda temos de vencer nesta área”, afirmou Vasco Cordeiro.
Num encontro com a comunidade de Hilmar, no âmbito da visita oficial que está a efetuar à Califórnia, o Presidente do Governo adiantou que o Executivo tem também a consciência que a consolidação do salto nesta relação só poderá ser dada através de uma parceria com as Comunidades Açorianas e com as suas instituições, que “são, naturalmente, os melhores promotores dos Açores” nas localidades onde se inserem.
Segundo disse, nos últimos anos, graças à dinâmica económica que se verifica na Região, aliando fatores de estabilidade a um atrativo sistema de incentivos a privados, tem-se assistido a um incremento de investimento norte-americano, não apenas de Açorianos com residência nos EUA, mas também de outros investidores naturais deste país.
“No turismo, entre 2014 e 2017, a Região registou um aumento de quase 164% do número de hóspedes e de mais de 180% ao nível das dormidas”, adiantou Vasco Cordeiro, ao recordar que o mercado norte-americano é um dos nove mercados definidos no Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo nos Açores e, em 2017, foi mesmo o segundo mercado estrangeiro com maior fluxo de hóspedes para o arquipélago.
No domínio do investimento, existem atualmente na Região 16 projetos com capital norte-americano em desenvolvimento.
Oito destes projetos já estão em execução, com um valor de investimento estimado de cerca de dois milhões de euros, e os restantes oito projetos, que estão numa fase inicial, vão permitir um investimento global superior a cinco milhões de euros, sublinhou o Presidente do Governo.
“Estamos a falar de investimentos nos Açores com capital norte-americano, maioritariamente no turismo, mas também nas áreas da pesca, da aquacultura e das tecnologias de informação e de comunicação”, disse.
Na sua intervenção, Vasco Cordeiro destacou, por outro lado, que ser-se Açoriano na América, sendo também Americano, demonstra a “enorme capacidade de integração das Comunidades Açorianas nas sociedades de acolhimento, o que robustece a imagem dos Açores e revigora a Açorianidade, dando-lhes uma projeção mais intensa”.
“Se há desafio que pode ser lançado às novas gerações, não é o desafio de serem mais Açorianos, mas é o desafio de serem bons Americanos, porque, sendo bons Americanos, estão a prestar um contributo inestimável para a notoriedade dos Açores, para a promoção da nossa Região, que é tornar a palavra Açoriano sinónimo de bom cidadão”, frisou Vasco Cordeiro.