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Requalificação da zona costeira de Santa Clara orçada em mais de 2 milhões

A obra de beneficiação e requalificação da ligação de Santa Clara à Relva vai avançar este ano, numa intervenção orçada em 2,1 milhões de euros, avançou o Presidente da autarquia de Ponta Delgada.

A intervenção, integrada no Projecto Integrado de Reabilitação Urbana (PIRU) da freguesia de Santa Clara, encontra-se até esta Quinta-feira em fase de audiência, havendo cinco candidatos interessados na sua construção,  com propostas de valor inferior ao orçado – numa média de 1,700 mil euros.

Com 1,2 quilómetros de extensão, a obra terá início na Rotunda de Santa Clara, estendendo-se ao terminal de combustíveis. Será dividida por três troços, apresentando-se como “complexa”, pela existência de pipelines na zona.

Segundo a autarquia, o projecto da empresa Consulmar Açores, que tem um prazo de execução de 240 dias, vai permitir o melhoramento da via e dos passeios, além da drenagem de águas pluviais e reforço da iluminação pública. Paralelamente, será criada uma baía de estacionamento para melhorar a fluidez do trânsito na zona.

Entretanto, e com o objectivo de estabilizar a falésia de Santa Clara, será construída uma laje de betão armado com uma profundidade de 3,5 metros, para evitar a erosão costeira.

Durante a apresentação do projecto, José Manuel Bolieiro referiu  que este projecto vem dignificar a freguesia de Santa Clara, recordando que, também aqui, “há  responsabilidade por parte do Governo açoriano no sentido de valorizar Santa Clara. Estamos a trabalhar em conjunto com o Governo para que Santa Clara e os seus habitantes possam sair beneficiados com obras que vão permitir melhorar a segurança rodoviária, mas também a segurança da orla costeira”.

Segundo o autarca, a obra de Santa Clara, que será cofinanciada por fundos comunitários, “é uma oportunidade para concretizar um projecto antigo e tão desejado pela população desta freguesia e pelos seus órgãos autárquicos”.

José Manuel Bolieiro explicou que a obra não avançou até à presente data devido a dificuldades no financiamento, assegurando, no entanto, que a prioridade para avançar com a segunda fase da obra de Santa Clara sempre existiu por parte da Câmara. O autarca acrescentou que, assim que surgiu “uma espécie de excepção para a regeneração urbana, no âmbito do Programa Operacional Açores 2020, o projecto que estava na gaveta avançou logo, apesar das críticas por a autarquia ter apresentado um projecto antigo e não novo”.

O Presidente da Câmara afirmou, por outro lado, que o reforço da orla costeira de Santa Clara podia ter tido o apoio do Governo Regional. Não obstante, garantiu que, na zona do antigo matadouro, “há disponibilidade para haver compatibilidade de projectos e a autarquia está, como sempre esteve, aberta ao diálogo em prol dos anseios da população”.

Segundo o município, a obra pode ter uma comparticipação total de 85% dos fundos comunitários, visa a construção de um percurso privilegiado de ligação da Cidade à Relva e, ao mesmo tempo, ordenar e valorizar as Ruas 2.ª Rua de Santa Clara e o Troço da Rua Baden Powell.

Quanto à segunda fase da via litoral Santa Clara/Relva, esta desenvolve-se sobre a existente, interligando a pavimentação executada na 1.ª fase (Terminal de Combustíveis da Nordela) e a Rotunda de Santa Clara, em estreito compromisso com a topografia e com a linha de costa, na procura da minimização de impactos visuais gerados por aterros e escavações, bem como de custos inerentes a esses trabalhos.

A intervenção engloba três troços, numa extensão total de cerca de 1.025,00 metros.

O troço um prevê um passeio sul de 1,60 metros de largura, um passeio norte de largura variável, via de circulação, de dois sentidos, com 3,25 metros em cada sentido. Nas zonas de perfil transversal tipo “Zona A”, haverá uma protecção marítima e em todos os casos são garantidas as larguras mínimas de passeio.

No que respeita à protecção marítima, e devido à existência de evidentes sinais de erosão, propiciadores de enfurnamentos e derrocadas, o projecto prevê a execução de obras de protecção marítima com recurso à execução de uma estrutura de contenção junto à falésia. Preconizou-se ainda a execução de um prisma de enrocamento.

Passando ao troço dois, este abrange um passeio sul de largura variável, mas superior a 2,00 metros, um passeio norte de largura variável, mas superior a 2,00 metros, uma via de circulação, de dois sentidos, com 3,25 metros em cada sentido e estacionamento automóvel a sul, com 2,25 metros de largura.

Já no que se refere ao troço três, há a referir o passeio sul de largura variável, o passeio norte de largura variável, a via de circulação de 3,00 metros de largura com sentido único e o estacionamento automóvel a sul, com 2,00 metros de largura.

O projecto foi candidatado PO Açores 2020, no âmbito do Eixo Prioritário Ambiente e eficiência de recursos e com o objectivo de melhorar a qualidade do ambiente urbano nos Açores.

A concretização do PIRUS 2.2 Requalificação da via marginal no troço de Santa Clara  terá uma contribuição comunitária de 1.473.202,32 euros.

Source: Diário dos Açores

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