O Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas convidou hoje os deputados da Assembleia Legislativa a contribuírem para a construção de uma posição regional comum, assumindo em conjunto o futuro da Europa através de um processo de decisão “democrático, eficaz e transparente”.
Rui Bettencourt, que falava no Parlamento, na Horta, num debate por iniciativa do Governo dos Açores sobre ‘A União Europeia pós 2020’, salientou a relevância política e institucional que assume uma posição verdadeiramente açoriana sobre o que os Açores pretendem que seja o próximo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia.
“Procuramos uma posição concertada, que nos projete no futuro, coletivamente, e que nos dê mais força para fazermos valer as nossas pretensões perante as instituições europeias e perante o Estado-Membro”, afirmou o titular da pasta das Relações Externas.
“A relevância dessa posição comum é tanto maior quanto significativas são as condicionantes em presença na negociação do próximo Quadro Financeiro Plurianual que têm enformado o projeto europeu”, afirmou o governante, destacando a Política de Coesão, a Política Agrícola Comum e demais instrumentos que compõem os designados Fundos Europeus Estruturais e de Investimento.
O Secretário Regional sublinhou que aquilo que advoga o Governo dos Açores é “aquilo que é a essência do próprio projeto europeu”.
“Não poderemos ter Europa, maior coesão económica, social e territorial, mais emprego, qualificação e desenvolvimento, menos disparidades entre territórios europeus se não se pugnar por uma Política de Coesão – principal política de investimento comunitário na União, no nosso país e na Região – forte, robusta e com recursos financeiros à medida, capaz de gerar o crescimento económico e dar resposta às questões sociais nas regiões mais frágeis e esbater as diferenças estruturais existentes”, afirmou Rui Bettencourt.
Para o governante, é necessário também que os Açores, Portugal e a Europa “saibam que cada uma das nossas políticas de desenvolvimento também são de desenvolvimento da Europa”, frisando que as potencialidades que os Açores trazem à União Europeia, “dando-lhe uma dimensão oceânica e um posicionamento geoestratégico transatlântico” devem ser vistas como elementos positivos e tidos em conta pelo Estado-Membro Portugal nas negociações a vir”.