
O Secretário Regional da Saúde afirmou hoje, na Horta, que existe margem para rentabilizar a sala de pequena cirurgia do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, não se justificando a reabertura das salas de pequena cirurgia dos centros de saúde de S. Miguel.
“Continuam a manter-se os pressupostos que levaram à decisão, em 2012, de abertura de uma sala de pequena cirurgia no Hospital do Divino Espírito Santo, e que levou à transferência para este hospital das pequenas cirurgias”, salientou Rui Luís, que falava na Assembleia Legislativa no debate sobre uma proposta para a abertura de salas de pequena cirurgia nos centros de saúde de Ponta Delgada e da Ribeira Grande.
O Secretário Regional assegurou haver uma margem para racionalizar e tornar ainda mais eficaz a sala de pequena cirurgia do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES).
De acordo com Rui Luís, a produção desta sala no ano passado fixou-se nos 2.061 atos cirúrgicos, representando um aumento de 22,5% relativamente a 2017 e um aumento de 40,5% em relação a 2016.
“A isso não será alheio o facto de termos vindo a aumentar o número de médicos de cirurgia geral em todos os hospitais, mas particularmente no HDES, e também o número de internos que existe no mesmo hospital, ou seja, no período que estamos a falar, de 2012 a 2018, houve um aumento de 33% no número de médicos, e temos atualmente, além dos médicos da carreira, seis internos a trabalhar no hospital”, afirmou.
Além da produção, o titular da pasta da Saúde, referiu-se à possibilidade do alargamento do horário de funcionamento da sala de pequena cirurgia, como forma de aumentar a produção.
“O horário de funcionamento desta sala é atualmente das 08H30 às 15H00, tem uma taxa de ocupação de 87%, na especialidade de cirurgia geral”, frisou o governante, acrescentando que “há aqui a possibilidade de haver o alargamento do seu horário de funcionamento, o que irá permitir a realização de mais cirurgias e diminuir o tempo de espera desses utentes”.
Entre as 2.061 cirurgias feitas nas sete especialidades, apenas 29% são relacionadas com a cirurgia geral, adiantou o Secretário Regional.
Rui Luís salientou ainda que os cuidados de saúde primários têm atualmente uma organização que tinham há uns anos atrás, investindo-se numa maior proximidade, com mais profissionais de saúde e valências no âmbito da sua missão de resposta aos cidadãos, nomeadamente a aposta na prevenção, educação e promoção da saúde.
Como exemplo, o Secretário Regional da Saúde referiu o facto de a população do concelho da Ribeira Grande se encontrar, desde o final de 2018, totalmente coberta por médicos de família e de, no período 2012-2018, terem aumentado as consultas médicas em 71,8%, bem como de medicina dentária (+13,9%), de psicologia (+112,3%) e de nutrição (+59,8%), entre outras.
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