A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas assegurou hoje, na Assembleia Legislativa, na Horta, que a SATA Air Açores “apresenta uma oferta perfeitamente ajustada à procura” nos meses de junho a setembro deste ano.
“A capacidade instalada da SATA Air Açores não está, de forma alguma, esgotada”, frisou Ana Cunha durante o debate de um projeto de resolução do PSD que recomendava ao Governo a contratação de aeronaves em regime ACMI [Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance] para integrar a operação da SATA AIR Açores no Verão IATA 2018.
A titular da pasta dos Transportes lembrou que, “em 2017, de junho a setembro, os meses de maior procura durante o verão, o índice médio de ocupação global nas rotas de Obrigações de Serviço Público (OSP) foi de 76%”, adiantando ainda que “o índice de ocupação no verão todo foi de 72%”.
Ana Cunha acrescentou que este ano, “neste mesmo período, a SATA disponibiliza mais 3.575 lugares, reportando aos números de 2017”, sendo que, “se restringirmos aos meses de julho e agosto, esse aumento é de 2.681 lugares”.
A Secretária Regional referiu que a distribuição dos lugares é efetuada através de “um ajustamento, conforme se for inventariando a procura verificada em cada uma dessas rotas”.
“Mesmo considerando um cenário tremendamente otimista, de crescimento acentuado da procura para as nove ilhas, não é expetável, de forma alguma, que os índices médios de ocupação sejam superiores a 85%, isto ficando sempre abaixo dos índices de referência da indústria, e que são comumente aceites para este período do ano”, afirmou.
Ana Cunha frisou que, também por isso, “a SATA Air Açores apresenta disponibilidade de frota e de tripulações para efetuar aumentos pontuais da oferta, em determinadas faixas horárias e em determinadas rotas, para fazer face a picos de procura, como é habitual fazer todos os anos e, com particular cuidado, tem vindo a ser acentuada essa monitorização e esse ajustamento de ano para ano, sendo este ano redobradas as atenções face ao aumento da procura”.
A Secretária Regional considerou que, ao contrário do que o PSD sustenta, a utilização de uma aeronave em regime ACMI para a época alta seria, no plano económico e financeiro, “absolutamente ruinoso”, já que a operação ACMI de uma aeronave como o Dash Q400, no período de junho a setembro, “representa um custo de 3,3 milhões de euros por aeronave, que não reteriam qualquer contrapartida na receita, precisamente porque a capacidade das existentes não está esgotada, o que põe obviamente em causa a sustentabilidade da operação e da própria empresa”.
Ana Cunha sublinhou que a empresa tem capacidade para fazer ajustamentos pontuais na operação, “não só no âmbito daquilo que são as Obrigações de Serviço Público – ou seja, ajustamentos para fazer face a listas de espera, a festividades, a eventos desportivos e outras ocasiões – mas também para outras situações em que a procura aumenta”.
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