O Secretário Regional da Saúde revelou hoje, em Angra do Heroísmo, que as ações propostas no programa de prevenção tabágica ‘Domicílios e Carros sem Fumo’ registaram uma forte adesão das escolas e foram executadas na totalidade.
“Este programa chegou a cerca de 2.100 crianças, o equivalente a 85% dos alunos do 4.º ano de escolaridade, que participaram de forma representativa, o que nos deixa satisfeitos pelo alcance que pode vir a ter esta iniciativa”, destacou Rui Luís, que falava na EB/JI da Ribeirinha, na apresentação dos resultados iniciais desta iniciativa.
O programa ‘Domicílios e Carros Sem Fumo’ foi iniciado em maio de 2017 com o objetivo de prevenir a exposição de crianças ao fumo ambiental, sendo elas os agentes de dissuasão do consumo de tabaco por parte dos pais, em casa e no carro.
Nesse sentido, foram realizadas ações de formação a 140 docentes por uma equipa da Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências, para implementar as sessões de formação aos alunos.
“Este projeto tem como objetivo, em primeira instância, fazer com que os pais deixem de fumar na presença dos seus filhos, sensibilizar os filhos para contribuírem para que os pais deixem de fumar e, por último, ser uma estratégia de médio prazo para fazer com que estas crianças nunca cheguem a fumar“, frisou Rui Luís.
A implementação desta ação foi acompanhada de uma declaração de compromisso entre os pais e os filhos, tendo sido validadas mais de 900 cartas de compromisso.
Para a concretização desta medida, foi realizado um primeiro questionário de caraterização do comportamento tabágico em meio familiar.
“O que se apurou é que 46% das crianças estão expostas ao fumo ambiental do tabaco, quer seja em casa ou no carro, sendo um número preocupante, o que vem validar a importância deste projeto”, salientou o titular da pasta da Saúde.
Os objetivos da ação passaram também por capacitar os alunos para se protegerem da exposição ao tabaco e pela realização de um segundo questionário para medir os impactos do programa.
O Secretário Regional da Saúde adiantou que os resultados na alteração dos comportamentos tabágicos por parte dos pais e familiares, no âmbito da primeira edição deste programa, serão apresentados em breve.
O programa, que foi implementado nos Açores na sequência de um protocolo de colaboração entre a Universidade do Minho e as secretarias regionais da Saúde e da Educação e Cultura, terá continuidade no próximo ano letivo e chegará a cerca de 2.500 alunos.
“É com o somatório destas e de outras ações desenvolvidas por diversas entidades ao longo do tempo que conseguiremos obter ganhos em saúde”, afirmou Rui Luís, acrescentando que “há dados animadores que apontam nesse sentido, como o aumento da procura por consultas de cessação tabágica”.
Entre 2016 e 2017, as consultas de cessação tabágica aumentaram 29%, tendo sido realizadas no ano passado 2.800 consultas, sendo que 65% dos utentes procuraram as unidades de saúde por iniciativa própria.
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