O investimento em segurança ” faz parte das escolhas da governação da cidade”, pelo que tem um “impacto significativo” no orçamento municipal para o próximo ano, a apresentar pelo Executivo na próxima terça-feira. A informação foi deixada por Rui Moreira, esta manhã, na apresentação dos 60 novos agentes da Polícia Municipal (PM) do Porto, nos Paços do Concelho.
O presidente da Câmara lembrou que há um ano a PM tinha apenas 70 agentes. Em 2018 serão 220, um número que “já se aproxima mais do degrau que consideramos conveniente e razoável”. Também em 2018 será duplicada a frota automóvel. Complementarmente, tem sido feito “um investimento considerável no fardamento e em todas as condições necessárias para que os agentes possam desempenhar cabalmente e com o conforto possível a sua missão”.
Também o comandante da PM do Porto, António Leitão da Silva, sublinhou nesta cerimónia a prioridade dada à “promoção de uma segurança mais abrangente”, com um impacto orçamental considerável. “Mas como o presidente [da autarquia] entende e eu também, a segurança não é uma despesa, é um investimento. Uma cidade segura é atrativa. A segurança é um capital coletivo, à volta do qual se geram muitas dinâmicas”. Como vincou o responsável, 2017 representa “um ano de viragem da Polícia Municipal do Porto”.
Esta opção do Município, afirmou por seu turno Rui Moreira, “é também um sinal para o país, que muitas vezes esquece a importância das forças de segurança. Nós, Porto, não esquecemos”. Realçou, aliás, a “excelente relação institucional, profissional e pessoal” com a Polícia de Segurança Pública (PSP), à qual pertencem os elementos agora afetos à PM. E porquê? Porque “a cidade vive melhor assim”.
A opinião é partilhada por Henrique Almeida, segundo comandante metropolitano da PSP Porto, que destacou ser este reforço da PM o resultado de uma boa parceria com a autarquia. Como frisou, os polícias municipais continuam a ser agentes da PSP, agora “em funções mais específicas”. Neste contexto, “as relações institucionais e pessoais” com o Câmara “não podiam ser melhores”, resultando “na continuidade de um bom serviço público em prol da população do concelho”.
Uma vitória política
Rui Moreira recordou que “tudo isto decorre de uma extraordinária vitória política”, efetivada em junho passado com a entrada em vigor do novo regulamento da PM, ressalvando que tal “só foi possível porque o atual primeiro-ministro sentiu também esta preocupação enquanto presidente da Câmara de Lisboa. Tentou com o meu antecessor resolver a questão das competências das polícias municipais do Porto e de Lisboa”. A partir daqui, e ao longo do último mandato, “não perdemos tempo quer junto do Governo, quer da vereação e Assembleia Municipal”.
Mediante a atenção dada a esta área, procura-se responder aos “novos desafios” com que as cidades são confrontadas, mas também à realidade social. O presidente apontou a vulnerabilidade que acompanha os cidadãos mais velhos, que se sentem “mais seguros sabendo que há mais efetivos” policiais, isto “independentemente das extraordinárias estatísticas em termos de segurança” que mostram a evolução positiva do Porto nesta matéria.
O autarca ressalvou ainda que o “importante investimento na segurança” por parte do Município ultrapassa a esfera da Polícia, abarcando “os Sapadores Bombeiros, a Proteção Civil”.