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Seis ilhas dos Açores sem aterros ou lixeiras

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo adiantou hoje que está concluído o processo de selagem de aterros e lixeiras em seis ilhas dos Açores, concretamente em São Jorge, Faial, Graciosa, Flores, Corvo e Santa Maria.

Marta Guerreiro falava, em São Jorge, no final de uma visita ao Centro de Processamento de Resíduos e à obra de selagem do aterro da Calheta, concluída este mês, em simultâneo com a das Velas.

“Com isto conseguimos o objetivo que tínhamos anunciado na última estatutária em São Jorge de completarmos seis ilhas sem aterros e lixeiras, o que, de facto, é muito importante e dá nota da firme política da gestão de resíduos na Região”, frisou Marta Guerreiro.

Segundo a governante, “termina-se um ciclo que reflete o grande investimento que o Governo dos Açores tem feito nesta matéria, considerando a política de gestão de resíduos como uma das suas prioridades”.

A titular da pasta do Ambiente lembrou o investimento “bastante significativo”, superior a seis milhões de euros, nas obras de selagem e requalificação ambiental e paisagística dos aterros e lixeiras em seis ilhas, para além dos 38 milhões de euros investidos na construção de centros de processamento de resíduos nas sete ilhas menos populosas.

Marta Guerreiro referiu que, até há pouco tempo, existam algumas dezenas de aterros e lixeiras espalhadas por todas as ilhas dos Açores, tendo havido “uma mudança de paradigma, que nos permite cumprir com as regras que existem nesta matéria, nomeadamente a legislação europeia”.

A Secretária Regional garantiu que “estes investimentos têm reflexos”, já que, excluindo a ilha de São Miguel, as restantes oito ilhas enviaram para aterro no ano passado apenas 8% do total dos seus resíduos urbanos, contra cerca de 90% em 2012.

“A Região não nega as dificuldades pelas quais o centro de processamento de resíduos tem passado, em concreto na ilha de São Jorge, mas valoriza o esforço que tem sido feito no sentido da sua regularização, como pudemos ver aqui hoje, no encaminhamento para valorização destes mesmos resíduos”, afirmou.

Em 2017, os Açores valorizaram mais de 53% dos resíduos urbanos, claramente acima dos 13% verificados em 2012, sendo que, no caso da ilha de São Jorge, verificou-se um aumento de 46% na valorização dos resíduos urbanos, relativamente ao ano anterior, alcançando uma meta de reciclagem de 84,5%.

Marta Guerreiro reforçou que a qualidade ambiental continua a ser uma aposta estratégica, com particular incidência nos resíduos, através do cumprimento das metas delineadas no Plano Estratégico de Prevenção e Gestão de Resíduos dos Açores, mas também na aposta continuada na prevenção quantitativa e qualitativa dos resíduos produzidos e na diminuição dos impactos ambientais dos produtos ao longo do seu ciclo de vida na sua valorização.

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