O Secretário Regional da Saúde afirmou hoje, em Angra do Heroísmo, que o aparelho de telemetria inaugurado no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira representa uma grande evolução em termos tecnológicos e de comodidade para o doente.

 

“É um aparelho que permite monitorizar seis doentes em simultâneo, tendo a vantagem de ter um sistema de ‘wi-fi’ portátil, ou seja, o doente pode deslocar-se no serviço e continuar sempre a ser monitorizado, o que será fundamental para a vigilância que se impõe a estes doentes“, frisou Rui Luís, que falava durante uma visita ao Serviço de Cardiologia daquela unidade hospitalar.

 

Rui Luís salientou que os Açores têm um excelente serviço de Cardiologia, ao nível do diagnóstico e do tratamento de utentes com problemas cardiovasculares.

 

“Há outra vertente, no entanto, em que é preciso evoluir, criar conhecimento e recursos humanos nos Açores para que muitas das cirurgias que não são possíveis nos Açores, devido à casuística e à inexistência de cirurgiões nesta área, possam no futuro vir a ser uma realidade”, acrescentou o titular da pasta da Saúde.

 

O novo sistema de telemetria do Hospital da Terceira, orçado em 60 mil euros, foi instalado no Serviço de Cardiologia, que trata 450 doentes, em média, por ano, cujas patologias mais frequentes são enfarte agudo miocárdio, síndrome coronário agudo e insuficiência cardíaca.

 

Rui Luís referiu que os procedimentos para a aquisição do equipamento foram tomados no início do ano, tal como havia sido anunciado, após opção sobre as caraterísticas técnicas por parte do Serviço de Cardiologia.

 

“No final de janeiro emitimos uma portaria a atribuir o apoio de cerca de 60 mil euros e, a partir daí, o processo decorreu entre o hospital e o fornecedor, tendo decorrido todo o tempo necessário para o transporte do equipamento, montagem e formação aos profissionais”, disse.

 

Questionado pelos jornalistas sobre a eventual criação de uma Unidade Coronária no Hospital da Terceira, o Secretário Regional salientou que é uma possibilidade que está a ser equacionada com o hospital.

 

“Uma das hipóteses é a de ser uma unidade complementar com outras especialidades, como a neurologia e vascular, com os recursos humanos necessários e permanentes para estarem em vigilância constante e, como tal, estão a ser dados os passos para que no futuro possamos ter aqui neste hospital esta unidade“, afirmou Rui Luís.